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Cristovam Buarque aponta erros dos governos progressistas em livro que será lançado no Recife

O ex-senador promove nesta quinta-feira (19) na Livraria Jaqueira, uma palestra para apresentar o livro ''Por que falhamos - o Brasil de 1992 a 2018''

Editoria de Política
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Publicado em 18/12/2019 às 19:48
Foto: Geraldo Magela /  Agencia Senado
O ex-senador promove nesta quinta-feira (19) na Livraria Jaqueira, uma palestra para apresentar o livro ''Por que falhamos - o Brasil de 1992 a 2018'' - FOTO: Foto: Geraldo Magela / Agencia Senado
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O ex-senador Cristovam Buarque estará no Recife, nesta quinta-feira (19) para lançamento do seu livro “Por que Falhamos - o Brasil de 1992 a 2018”. O evento promovido  pelo Movimento Ética e Democracia, será realizado no Auditório da Livraria Jaqueira do Paço Alfândega, no bairro do Recife, às 19h. Segundo Cristovam Buarque, em entrevista ao JC, o livro busca despertar a reflexão sobre o motivo que levou os governos de orientação progressista democrática a falharem, resultando na eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “No começo deste ano, fui convidado para dar uma palestra em Oxford, para falar sobre o porquê da vitória de Bolsonaro. Eu disse que não me interessava em falar sobre o porque ele ganhou, mas porque nós perdemos”, afirma o ex-senador. 

No livro, disponível gratuitamente no formato de e-book através do site da Tema Editorial, o autor elenca 24 falhas dos democratas progressistas. “Estivemos no poder por 26 anos, mais tempo que o regime militar e neste período, todos os cinco presidentes vieram de uma mesma matriz. Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula e Dilma (PT), Michel Temer (MDB), todos lutaram contra a ditadura e têm posições progressistas no que se refere a economia, a sociedade e nos costumes”, declara Buarque. 

FALHAS

Para o ex-senador, uma destas falhas é a falta de uma bandeira transformadora em ambas as ideologias, seja de direita ou esquerda. “Quando chegamos ao poder, nos comportamos como se a única coisa nossa, fosse a consolidação da democracia. Não percebemos que a nossa função era de mudar o rumo do Brasil e construir um  novo país”, afirma. Nem mesmo o Plano Real, implementado na gestão do PSDB, ou o Bolsa Família, fortalecido na gestão do PT, são consideradas marcas transformadoras pelo escritor. “O povo nos mandou para casa e qual bandeira deixamos? O Real não é bandeira nossa. Não dá para dizer que o Bolsa Família, é uma bandeira transformadora, porque se trata de uma medida emergencial”, destaca. 

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