Oposição

'Eles querem a arma, a gente inaugura o Compaz', diz Geraldo em crítica ao governo Bolsonaro

Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) fez um paralelo entre ações do governo federal e da PCR durante seu discurso na inauguração de novo Compaz

Editoria de Política
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Publicado em 26/12/2019 às 17:34
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Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) fez um paralelo entre ações do governo federal e da PCR durante seu discurso na inauguração de novo Compaz - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Em seu discurso durante a inauguração do Compaz Miguel Arraes nesta quinta-feira (26), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), aproveitou para fazer críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). O socialista traçou um paralelo entre as ações do governo federal, como o pente-fino no programa Bolsa Família e a suspensão de novas contratações do Minha Casa, Minha Vida, e as da gestão da capital pernambucana, a exemplo do Vem Meu Emprego e a abertura de um abrigo noturno para pessoas em situação de rua. 

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"Eu queria dizer a vocês que cada dia, com tudo que está acontecendo lá em Brasília, a gente fica ainda mais inspirado a estar junto do povo. Vocês viram que até o slogan da Prefeitura mudou, é chega junto. O Recife que chega junto de quem precisa, porque sabe o que está acontecendo lá em Brasília. Em vez do chega junto, eles viraram as costas para o povo", disse Geraldo.

O prefeito continuou citando o aumento do preço do gás de cozinha, reajustado em 4% no mês de novembro. "Eles implantaram aumento do preço do botijão de cozinha, a gente está abrindo restaurante popular para matar a fome de quem precisa. Eles mandaram aumento do preço da passagem do metrô já pelo terceiro mês e vai ter o quarto, a gente lançou VEM para dar passagem para quem está desempregado", afirmou o prefeito.

Ele faz referência ao programa VEM Meu Emprego, cartão com 20 passagem disponibilizado pela prefeitura para os recifenses poderem procurar emprego. A iniciativa faz parte do programa Chegando Junto. Os cartões começaram a ser entregues no dia 23 de dezembro. 

Por fim, Geraldo mencionou o corte de beneficiários do Bolsa Família através da operação "pente-fino", que busca reavaliar, através de dados do Cadastro Único, se as famílias estão obedecendo aos critérios para ter direito ao benefício, como situação de vulnerabilidade, frequência na escola, etc. "Eles cortaram 1,2 milhão famílias do Bolsa Família, eu quero saber porque? Será que essas famílias arranjaram emprego? Ou eles estão jogando na miséria 1,2 milhão de famílias. Eles cortaram o Bolsa Família e a gente abre abrigo noturno para que não tem onde dormir. Eles querem a arma, a gente inaugura o Compaz", disparou Geraldo. 

Críticas

O governador Paulo Câmara (PSB), presente na inauguração, endossou as críticas de Geraldo Julio. "O Brasil, infelizmente não está andando, está piorando a vida principalmente daqueles que mais precisam, principalmente do povo mais pobre", afirmou o socialista. 

Segundo Humberto Costa (PT), que também compareceu ao evento, Bolsonaro estaria querendo utilizar os resultados conquistados por outros governos. "Além de não fazerem nada, Bolsonaro e o ministro da Justiça (Sérgio Moro) querem se apropriar dos resultados que anos de governos estaduais e prefeituras como a sua (gestão Geraldo Julio) e governos passados conquistaram".

Além disso, Costa também criticou discurso feito por Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos em março de 2019 em que afirmou que "nós temos é que desconstruir muita coisa. Desfazer muita coisa. Para depois nós começarmos a fazer". De acordo com Humberto, Bolsonaro tem sido 'fiel ao que disse nos Estados Unidos'.

"Esse processo de destruição tem levado o povo brasileiro a perder inúmeras conquistas importantes. O País que cresceu e aumentou sua classe média, que gerou empregos, melhorou a educação, saúde e assistência social. Agora, nós só assistimos a piora desses indicadores. É um país que não cresce, que não aumenta emprego. Não se investe na segurança, apesar de dizer que é a sua principal prioridade", disparou. 

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