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Região central é o alvo do Polo Tecnológico

Bairro do Recife e Santo Amaro ganharão prédios da aceleradora Jump Brasil, Porto Mídia e Cesar.Edu

Renato Mota
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Renato Mota
Publicado em 16/01/2014 às 16:24
Dani Neves/JC Imagem
Bairro do Recife e Santo Amaro ganharão prédios da aceleradora Jump Brasil, Porto Mídia e Cesar.Edu - FOTO: Dani Neves/JC Imagem
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Entre sua fundação, em 2000, e o ano de 2007, o Porto Digital cresceu pouco - no sentido físico. O parque era composto pelo Cais do Porto (que hoje é o Porto Mídia), o Cesar e o início das obras do Information Technology Business Center (ITBC), todos no Bairro do Recife. A mudança mobiliária veio com a concessão do prédio do antigo Bandepe por parte do governo estadual, em 2007. "A partir daí, o Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD) pôde se financiar - através dos aluguéis das salas do prédio - e planejar urbanisticamente sua expansão pelo bairro e, posteriormente, áreas vizinhas", explica o diretor-executivo, Leonardo Guimarães.

O marco dessa expansão é o prédio da aceleradora Jump Brasil, no número 420 da Rua Capitão Lima, em Santo Amaro. "Essa ampliação do território se deu no sentido de seguir a orientação própria da legislação urbanística da cidade, que entendeu que tinha que induzir uma ocupação mais alta pra essa área. De olho na possibilidade de construirmos prédios com plantas maiores e que comportem operações de maior porte, investimos lá", conta Guimarães. A expectativa é que o empreendimento esteja concluído em maio deste ano.

No Bairro do Recife, por causa das construções históricas, essa agenda é mais restrita - mas não significa que a área vá parar de receber investimentos, muito pelo contrário. Só o Porto Digital tem quatro projetos para a região: dois na Rua do Apolo, um na Rua da Moeda e outro na esquina da Rua Vigário Tenório com a Rua Dona Maria César. Um deles, que abrigará o Porto Mídia 2, é um casarão em ruínas que vai de uma rua a outra do quarteirão. "É o tipo de intervenção que a iniciativa privada nunca faria. O custo para reformá-

lo é maior do que construir um prédio novo com a mesma área útil. Se o poder público não entra para apoiar através do Ministério da Ciência e Tecnologia, governo do Estado e BNDES, o prédio estaria condenado", afirma Guimarães.

Além dos reparos, outro entrave para obras desse tipo é a liberação do projeto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ihpan). As obras do Cesar.Edu (na Rua Madre de Deus, Bairro do Recife), por exemplo, previstas para começarem em 2013 ficaram para este ano, uma vez que a planta só foi aprovada em dezembro. "Trabalhar no Bairro do Recife tem desses contratempos. A gente não pode iniciar a obra sem todas as licenças aprovadas. O prédio originalmente tem três pavimentos, mas como o pé-direito é muito alto, podemos reformá-lo para ficar com seis e esse tipo de intervenção é muito profunda", diz o superintendente do Cesar, Sergio Cavalcante.

Construir num terreno novo e numa área que ainda começa a ser explorada é o cenário ideal para os empreendimentos tecnológicos. É o caso da futura sede do Instituto Senai Inovação, que será erguida em Santo Amaro, ao lado do Hospital da Marinha. "Atualmente funcionamos ainda na direção regional do Senai, por trás da Fiepe, mas com nossos projetos prestes a fechar contrato, teremos que alugar uma sala no Porto Digital para uso temporário", explica o diretor do instituto, Sérgio Soares.

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