Quando anunciou que iria parar de vender os óculos inteligentes Glass, há duas semanas, o Google disse que a decisão estava relacionada ao fim da 'fase de testes' do aparelho. Entretanto, um alto executivo da companhia disse nesta quinta-feira (29) que, na realidade, a ferramenta não teve o impacto esperado.
Leia Também
'Quando as equipes não conseguem ultrapassar alguns obstáculos, mas nós achamos que há muita perspectiva ali, nós pedimos que eles deem uma pausa e tirem um tempo para redefinir a estratégia, como nós fizemos recentemente com o Glass', afirmou Patrick Pichette, diretor de finanças da companhia, em conferência com analistas.
'Nessas situações, nas quais os projetos não têm o impacto que nós esperávamos, nós assumimos a responsabilidade, tomamos a decisão de cancelá-los, e vocês nos viram fazer isso novamente agora.'
No dia 15, o Google anunciou que iria interromper a venda dos óculos, no que seria uma 'formatura' do dispositivo no laboratório Google X, a mais ousada entre suas divisões de pesquisa.
O dispositivo estava disponível para compra por US$ 1.500 (cerca de R$ 4.000) desde maio do ano passado para o público em geral e desde 2012 para programadores.
'Continuaremos a construir [olhando] para o futuro, e você verá versões futuras do Glass quando estiverem prontas', disse a companhia em seu blog.
De acordo com o Google, foi criada uma equipe dedicada exclusivamente para os óculos, chefiada pela executiva de marketing Ivy Ross e supervisionada por Tony Fadell, diretor da companhia de termostatos inteligentes Nest (adquirida pelo Google no ano passado) e um dos criadores do iPod.
Por meio de um comunicado à imprensa, Fadell disse que continuará 'completamente comprometido com a Nest e igualmente empolgado para trabalhar' com o Glass, 'que continua a acelerar.'