Uma das imagens mais marcantes na Operação Turbulência foi a chegada de carrões apreendidos à sede da Polícia Federal no Cais do Apolo, na terça-feira (21), no Recife. A ação – que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina a empresários – recolheu Porsche Cayenne, BMW X6, duas Range Rover Evoque, Jeep Grand Cherokee, Audi A3, um Toyota Hilux e um Land Rover Freelander. Não precisa ser especialista para saber: os veículos recolhidos são belas máquinas e têm preços que variam de R$ 100 mil a R$ 900 mil, usando como referência o modelo zero-quilômetro.
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O carro mais humilde dessa turma, se é que podemos falar, é um Land Rover Freelander, SUV que fez muito sucesso até bem pouco tempo. Ele já deixou de ser produzido. No mercado de usados é vendido abaixo dos R$ 100 mil. Um outro carrinho bem cobiçado em poder da PF é Audi A3 sedã. Na loja, um modelo desse em sua versão mais simples é vendido a partir de R$ 100 mil com motor 1.4 turbo. Se o cliente preferir uma configuração mais arisca, com motor 2.0, vai desembolsar perto dos R$ 140 mil.
Os policiais recolheram dois Evoque, modelo mais vendido da Land Rover no Brasil. Um SUV de luxo desses tem preço a partir de R$ 225 mil, mas pode chegar aos R$ 280 mil na configuração diesel. Um grandalhão recolhido na operação é um Jeep Grand Cherokee Laredo, veículo comercializado por mais de R$ 200 mil.
Em meio aos veículos apreendidos os dois que mais se chamaram a atenção da população foram o Porsche Cayenne e o BMW X6. O primeiro zero-quilômetro tem preço variando de R$ 380 mil a R$ 900 mil, dependendo da versão. Teve ainda um BMW X6, modelo concorrente da Porsche. Só que, apesar da bela aparência, tanto o Porsche como o BMW são bem usados. Fizemos uma consulta e descobrimos que os dois são ano 2011. O Porsche Turbo tem preço de 327 mil. O BMW sai por R$ 248 mil, segundo a Tabela Fipe - referência de preços de carros em todo País. Isso mostra como o mercado de luxo não se preocupa com perdas e desvaloriza muito a cada ano. Se fossem zero custariam mais que o dobro.
Todas as marcas citadas nesta reportagem possuem revendas no Recife. Neste momento os carros ficam em poder da PF e podem ir posteriormente a leilão. Possivelmente os proprietários vão tentar reverter a situação na Justiça, mas, caso não consigam, o dinheiro arrecadado no pregão voltará aos cofres da União.
