Governo de Pernambuco devia assumir vacinação em alguns municípios? Talvez seja necessário e urgente
Orientar que as prefeituras chequem a temperatura dos refrigeradores com mais frequência, como fez a Secretaria Estadual de Saúde no caso de São Bento do Una, pode não ser suficiente.
A possível perda de 2,8 mil doses de vacina em São Bento do Una é o flagrante de uma situação já questionada aqui: a falta de estrutura dos municípios para promover a aplicação das vacinas nessa pandemia.
No caso de São Bento, agora, foi um problema no refrigerador utilizado para armazenar o imunizante.
A coluna recebeu informações de que não é a primeira vez que o município tem problema com as vacinas.
Há relatos de outros municípios também, em que algumas doses são perdidas porque o vidro é aberto e o conteúdo não é todo utilizado.
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Cada recipiente tem o suficiente para cerca de dez doses. Depois de aberto, elas tem que ser aplicadas em até 6h ou 8h, dependendo do fabricante. Depois são descartadas.
Como a expectativa é muito grande, imagina-se que sempre vai haver alguém para receber a vacina. Mas essa, nem sempre, é a realidade.
Acontece que, sem a estrutura que alguns municípios maiores têm, com agendamento por aplicativo, nem sempre as secretarias de Saúde conseguem mobilizar todos ao mesmo tempo, dentro dos grupos prioritários, em tempo de serem vacinados.
Doses podem estar se perdendo nesse processo.
Há uma preocupação com força de trabalho também. Prefeitos precisam contratar mais funcionários para aplicar as vacinas e não há dinheiro.
O Governo do Estado precisa começar a acompanhar esses casos mais de perto para evitar esse tipo de situação. Precisa, além de organizar, oferecer algo na prática para os prefeitos.
Quem sabe, até, assumir a vacinação em algumas localidades.
Orientar que as prefeituras chequem a temperatura dos refrigeradores com mais frequência, como fez a Secretaria Estadual de Saúde no caso de São Bento do Una, pode não ser suficiente.