PT de Pernambuco manda recado para PSB, Marília Arraes e PDT em uma só nota. É o "nós contra eles" de sempre
Sabe-se que a prioridade do PT em Pernambuco é apoiar o PSB para que o PSB apoie Lula ao Planalto. Faz parte desse processo tentar dar a Paulo Câmara (PSB) um cargo diferente no "futuro governo Lula" todo dia
Qual o critério que indica quem é "aliado" de Bolsonaro?
O PT enviou nota à imprensa, esta semana, informando que aprovou resolução priorizando a candidatura nacional do partido e se abrindo para alianças nos estados.
Na verdade, a nota tem função dupla: dizer que estão obedecendo Lula, que já havia dado a ordem para colocar possíveis candidaturas estaduais em segundo plano e, também, é um recado para Marília Arraes (PT), que deseja disputar o Governo de Pernambuco.
- O erro de politizar a pandemia foi cometido há 13 meses. Reclamar disso só agora é ignorar 373 mil mortos
- PSL ressurge como principal opção de partido para Bolsonaro, mas o equilíbrio da negociação mudou
- Keko do Armazém é o anfitrião de pré-candidatos ao governo de Pernambuco. Este ano, já recebeu três
- Procuradores que atuaram no escândalo dos "respiradores de porcos", no Recife, são indicados a prêmio nacional
Sabe-se que a prioridade do PT em Pernambuco é apoiar o PSB para que o PSB apoie Lula ao Planalto. Faz parte desse processo tentar dar a Paulo Câmara (PSB) um cargo diferente no "futuro governo Lula" todo dia.
O socialista já foi "vice" e agora seria "ministro".
O texto do PT de Pernambuco também faz um aceno para o PSB no sentido de preparar o terreno contra possíveis adversários.
Em determinado ponto, diz que o "foco central é derrotar Bolsonaro e seus aliados, autores do genocídio em curso e responsáveis pela tragédia sanitária e pelas investidas cotidianas contra a democracia e contra os direitos da classe trabalhadora".
Em Pernambuco, dos três possíveis candidatos da oposição, dois são bem ligados a Bolsonaro: Miguel Coelho (MDB) e Anderson Ferreira (PL).
O PT também procura alertar o PDT sobre os rumos de sua narrativa eleitoral para 2022. Algo como "ou estão conosco ou estão com Bolsonaro".
Seria bom, apenas, explicar qual o limite para ser aliado de Bolsonaro.
Porque o atual presidente da Câmara e o do Senado, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (DEM), respectivamente, candidatos declarados de Bolsonaro nas disputas internas das casas, foram eleitos com votos de PT e PSB.
Às vezes pode ser aliado e, às vezes, não?