Cena Política

Aliados vão querer fatia maior na prefeitura do Recife para apoiar Geraldo Julio. João Campos manterá equipe?

Dois partidos têm preferência na vaga para o Senado em Pernambuco. A vaga de vice agrega pouco. Sobra a prefeitura do Recife para negociar e manter os aliados.

Imagem do autor
Cadastrado por

Igor Maciel

Publicado em 13/07/2021 às 8:00 | Atualizado em 13/07/2021 às 8:46
Análise
X

Só existem poucas vagas em cada chapa para a eleição estadual em 2022. No caso da Frente Popular em Pernambuco, são duas vagas disponíveis, porque o PSB deve ocupar a cabeça da majoritária com Geraldo Julio (PSB).

A base do PSB no estado é bem ampla e agrega partidos que vivem ao redor dos socialistas há muitos anos. Mas o retorno político deles é sempre posterior à eleição. A maioria dos aliados dá apoio na eleição para ganhar cargos depois.

O preço disso é ter o crescimento limitado, porque prolonga a dependência.

Na chapa, em 2022, a única vaga para o senado deve ficar entre PDT e PT. Depende de quem o PSB apoiar para a eleição presidencial, se Ciro Gomes (PDT) ou Lula (PT).

A vaga de vice tem pouco valor agregado e não é muito disputada.

Sobram os suplentes de senador, que nem sempre são vantajosas.

Sem ter onde encaixar os aliados para a eleição, restam as promessas para depois. Geralmente as negociações sobre o número de secretarias para cada partido são feitas com antecedência e isso já resolve para alguns.

Mas, foi-se o tempo em que a garantia de vitória era tão grande que isso bastava para acalmar o palanque. Eles querem alguma garantia mais cedo. É aí que entra a Prefeitura do Recife.

Sim, para apoiar Geraldo Julio, partidos vão querer espaço na equipe de João Campos (PSB) e até já existem algumas especulações sobre onde o prefeito terá que ceder espaço.

Áreas com orçamento maior e visibilidade, claro.

A formação da equipe foi um destaque positivo no início da gestão de Campos. Será uma pena ver o fisiologismo estragar isso pela necessidade de eleger Geraldo Julio.

Tags

Autor