Cena Política

Deputados admitem que PEC Kamikaze é eleitoreira, mas será aprovada. E com os votos de quem reclama

"Todo mundo tá em busca de reeleição também. Quem vai assumir o ônus de votar contra mais benefícios para a população?", questionam.

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Igor Maciel

Publicado em 08/07/2022 às 18:28 | Atualizado em 08/07/2022 às 18:29
Análise
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Uma das dificuldades que o próximo presidente, seja Bolsonaro (PL), Lula (PT), Tebet (MDB) ou Ciro Gomes (PDT), terá pela frente está sendo criada com a PEC Kamikaze, nos próximos dias.

Com impacto previsto de R$ 41 bulhões, um dinheiro que o governo não tem, com o objetivo de melhorar a popularidade de Bolsonaro, a Proposta de Emenda à Constituição pretende aumentar e ampliar benefícios para a população e para algumas classes específicas como a dos caminhoneiros.

A oposição é contra a medida, mas vai votar a favor. E a aprovação deve ser com grande margem.  São necessários 308 votos, dos 513, para passar o texto. Entre os deputados a aposta é que vai passar de 400 fácil.

Entre os parlamentares, há quem acredite que ela será aprovada na terça-feira (12) e há quem ache que só será possível na quarta-feira (13), quando o quórum é melhor. Mas, será aprovada.

A coluna conversou com seis parlamentares pernambucanos. Todos dizem que a PEC é eleitoreira e todos admitem que é difícil não votar a favor, porque trata sobre benefícios para a população.

Um deles, em reserva, nos enviou o relatório da votação na comissão que liberou o texto para plenário: com 37 votantes, o placar terminou 36 x 1.

“Todo mundo sabe que o objetivo de Bolsonaro é eleitoreiro e sabe o impacto fiscal que isso terá no futuro. Mas todo mundo tá em eleição também, quem vai assumir o ônus de votar contra a ampliação de benefícios à população?”, argumentou uma das fontes.

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