Cena Política

Eleitores evangélicos pararam de agir em bloco porque o número de candidatos em Pernambuco é grande

As muitas opções na busca por esse eleitorado tem dificultado a vida de candidatos como Anderson Ferreira, que conta com isso para ir ao segundo turno.

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Igor Maciel

Publicado em 09/09/2022 às 11:00
Análise
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Os eleitores evangélicos estão sendo buscados por todos os candidatos em Pernambuco e também estão na pauta do dia em disputas nacionais. O motivo disso? Engajamento, principalmente.

O Brasil tem mais que o dobro de católicos em relação aos evangélicos, mas a participação política dos católicos é muito menor.

A diferença principal é que o pastor orienta seus fiéis no período eleitoral e os padres não.

A ideia muito comum também é a de que os evangélicos votem em bloco. Isso, porém, é algo que está se desfazendo este ano.

Divididos em grupos e igrejas diferentes, cada pastor acaba tendo mais afinidade com um candidato do que com outro.

Entre os candidatos ao Governo de Pernambuco, por exemplo, além do Pastor Wellington (PTB), o candidato mais identificado com os evangélicos é Anderson Ferreira (PL). Apesar disso, ele não tem conseguido garantir o tal voto em bloco.

Miguel Coelho (UB) também investiu nesses eleitores, aproximando-se de parlamentares com base religiosa e Raquel Lyra (PSDB), principalmente, conseguiu o apoio de pastores importantes, ligados à Assembleia de Deus, com voz junto a milhares de fiéis.

Um levantamento feito recentemente pelo Jornal do Commercio mostrou que o PP é o partido com mais candidatos religiosos, como pastores, presbíteros, etc. Não é o PL de Anderson.

O PP, inclusive, está no palanque da Frente Popular e já ensaiou um apoio a Marília Arraes (SD) no passado.

Até mesmo entre os políticos que apoiam Bolsonaro (PL) e têm base evangélica, há divisão.

A família Tércio, por exemplo, da deputada Clarissa Tércio e do vereador Júnior Tércio, tem uma rivalidade com os Ferreira, de Anderson. Todos apoiam o presidente, mas os primeiros estão no PP, dentro de uma Frente Bolsonarista, criada para justificar a permanência do PP junto ao PSB nesta eleição.

Quem também faz parte desse grupo, no PP, é o casal Cleiton e Michele Collins. Estes, porém, apoiam Miguel para o governo.

Os evangélicos seguem sendo muito importantes pelo engajamento político. A diferença é que acabou a história de agir em bloco. Até porque, este ano, as opções são variadas.

Agregador de pesquisas JC

Confira abaixo os números do agregador de pesquisas do JC com a Oddspointer:


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