OPINIÃO

Dois legados se enfrentarão no Recife: De um lado, Marília Arraes. De outro, João Campos

Marília Arraes (PT), neta de Miguel Arraes, e João Campos (PSB), filho de Eduardo Campos, disputam a prefeitura do Recife em 2020

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 14/04/2020 às 7:34 | Atualizado em 14/04/2020 às 7:35
ARQUIVO/JC IMAGEM
João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) em busca do voto das mulheres - FOTO: ARQUIVO/JC IMAGEM

Legados

Dois legados se enfrentarão nas urnas, este ano, no Recife. De um lado, Marília Arraes (PT), neta de Miguel Arraes, sem corrupção na biografia. De outro, João Campos (PSB), filho de Eduardo Campos, cujo espólio sofreu bloqueio de R$ 258 milhões por ordem da Lava Jato.

Sindicatos chantageiam

Olha o que o ministro do STF Ricardo Lewandowski fez: aproveitando-se de sua liminar, sindicatos estão chantageando empregadores com a cobrança de 'taxa' para homologar acordos de suspensão temporária de contratos de trabalho. A ação criminosa é denunciada por empresas e entidades como a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alashop). A pelegada explora empresas asfixiadas na crise da covid-19. Cobram R$ 500 por contrato e no mínimo até R$2.500 por empresa.

A picaretagem foi facilitada pela decisão de Lewandowski de condicionar os acordos à chancela dos sindicatos.

Sindicatos cobram tão caro pelo 'carimbo' que acabam por inviabilizar os acordos que deveriam servir para proteger empresas e empregados.

'A cobrança é abusiva... e só piora o problema do desemprego', alerta Nabil Sahyoun, presidente da Associação de Lojistas de Shopping.

Um sindicato de empregados de empresas de eventos é um dos que cobram R$ 2.500 a título de 'taxa de acordo'. Ninguém foi preso. Ainda.

Generais e fantasias

Jornalistas sem fontes, em Brasília, sempre atribuem 'aos generais' suas fantasias, sem confirmá-las com fatos. A última é que o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) 'perdeu o apoio' dos generais para ficar no cargo. Nunca houve esse apoio. Tampouco foi necessário 'aval' militar para qualquer ministro. Militares batem continência, reverenciam a hierarquia, obedecem ao superior. E o chefe de todos é Jair Bolsonaro. Só debiloides supõem militares com Mandetta contrariando o presidente.

Bem ao contrário

Generais que Bolsonaro respeita e ouve, como o ministro Augusto Heleno (GSI), apoiam sem hesitações a demissão de Mandetta.

Olho em 2022

Os generais Ramos (Governo) e Braga Netto (Casa Civil), de olhar mais político, apenas tentam poupar Bolsonaro da crise e de outro adversário.

Não opinam

A cobertura juvenil ignora que generais só dão opiniões se solicitados, e Bolsonaro nunca pede: considera-os todos inexperientes em política.

MT mandou bem

O Estado do Mato Grosso saiu na frente e tornou obrigatório o uso de máscara em ambientes públicos e privados. A obrigatoriedade na República Tcheca, desde o início, virou 'case' de sucesso no enfrentamento da covid-19.

Frase

'É tudo chute'

Ex-ministro Delfim Netto, que acha 'otimista' a previsão de -5% do PIB; ele aposta em -6%

Coração

Cardiologista muito admirado em São Paulo, Nabil Ghorayeb, percebeu o mesmo de vários outros colegas País afora: a crise do coronavírus reduziu em 50% os pacientes que se queixam de problemas no coração.

Esses europeus

A imprensa portuguesa divulgou levantamento indicando que os médicos são os profissionais de nível superior mais mal pagos na Europa, cujos países em sua maioria não têm SUS e adotam a 'medicina socializada'.

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