Empresa pública do Ministério de Ciência e Tecnologia, a Finep decidiu demitir funcionários idosos em plena crise da pandemia de covid-19. A alegação é que atingiram a “idade limite”.
Os primeiros cinco demitidos, quatro deles analistas muito experientes, têm de 75 a 82 anos de idade. Ligamos na Finep em Brasília, com o objetivo de entender o porquê das demissões, mas nos empurraram à sua sede, no Rio.
Ali, não havia vivalma. “Todos em home office”, dizem na portaria. E incomunicáveis. Segundo resolução da diretoria da Finep, as demissões devem ser feitas até 8 de setembro para evitar “solução de continuidade nos serviços”. “Solução de continuidade” não deve ser exatamente uma preocupação na Finep, a julgar pela aparente transformação de home office em folga. Finep é a sigla de Financiadora de Estudos e Projetos
de inovação, desde a pesquisa básica até a preparação do produto para o mercado. A Finep atribui as demissões à reforma da Previdência. Levou “um tempo para adequação e pleno entendimento jurídico”. Um ano para cair a ficha.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem sido criticado pela manobra rasteira para garantir sua reeleição ao cargo, em 2021. E fez a área jurídica da Casa apresentar uma “consulta” ao Supremo Tribunal Federal (STF) com objetivo de arrancar mais uma de suas interpretações criativas, desta vez sobre o artigo 57 da Constituição, que veda a reeleição na mesma legislatura. Na prática, o que se pretende com a esperteza é alterar a Constituição com uma simples “consulta”. Optaram pela “consulta” por serem mínimas as chances da Alcolumbre e Rodrigo Maia conseguirem alterar a Constituição em benefício próprio. O
Art. 57 limita mandatos a dois anos. Alcolumbre quer dobrar o mandato do presidente do Senado para quatro anos, metade do seu mandato. Alcolumbre (foto) e aliados arrotam “ótimo relacionamento” com o STF, e suposto “apoio do governo”.
Mas o “centrão” decidiu que isso não passa. Rodrigo Maia fez silêncio, mas o ministro Tarcísio Vieira lembrou que há projetos na Câmara propondo alterações nas regras do Fundão Eleitoral. Ele foi voto vencido no Tribunal Superior Eleitoral, que se apropriou das prerrogativas da Câmara e alterou essas regras, para fazer demagogia.
O ex-chanceler Aloysio Nunes deveria estar cheio de tédio para aceitar o “diálogo” virtual com o chanceler da Venezuela, que o impediu de circular em Caracas, e Celso Amorim, notório bajulador da ditadura bolivariana.
Virou piada, no governo, a notícia de um “novo órgão” em Washington para realizar compras militares. Cada
força já tem sua comissão de compras na capital americana. A caçula, da Aeronáutica, já completou 75 anos. Exército e Marinha têm a sua, cada uma delas há 83 anos.
Difícil será encontrar interessados na “privatização” dos Correios, uma empresa quebrada por privilégios como o plano saúde de meio bilhão de reais, único do mundo que beneficia para trás (pais, avós etc). Correios 2 O noticiário informa que grevistas “ocuparam” o centro de operações dos Correios em Indaiatuba (SP), mas o nome disso é outro: invasão. Afinal de contas, a repartição federal não estava desocupada.
A celeuma em torno da nota de R$200 é apenas cortina de fumaça de gente chata. Desde o lançamento do real, a inflação acumulada é de cerca de 521%. A nota de R$100 da época valeria hoje R$621.
As pesquisas têm deixado os Democratas apreensivos, nos EUA. Apesar dos problemas da pandemia e questões raciais, as intenções de voto em Joe Biden caíram de 61% para 54%. Trump foi de 35% para 44%.
"É preciso deixar o presidente trabalhar”, ministro Marco Aurélio Mello (STF), ao jornalista José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes