A propagação da Covid-19 na Índia preocupa pelo ritmo acelerado da pandemia naquele país, aparentemente sem controle. A média de casos diários aumenta todos os dias, foi de 52 mil para 75 mil em agosto, e ultrapassará o Brasil no total de casos nos próximos dias. Com 1,38 bilhão de habitantes, o país deve bater todos os recordes da pandemia e se a proporção de infecção observada nos maiores países se repetir, a Índia pode superar 26 milhões de casos. É o dobro do total mundial. Em agosto, a Índia registrou 1,93 milhão de novos casos, número 34% maior que os EUA (1,44 milhão) e 60,8% mais que o Brasil (1,2 milhão). O maior número de casos em um dia no Brasil foi de 70,8 mil. Nos EUA, apenas dois dias superaram 75 mil casos, que é a média atual da Índia. Infectologistas não escondem que a chegada da vacina e a imunização em massa são a única possibilidade de uma reviravolta no prognóstico.
Ficará desapontado quem espera grandes mudanças na reforma administrativa a ser enviada ao Congresso.
Será a reforma “não mexa no meu”, prevendo mudanças apenas para quem ainda não entrou no serviço
público, a ser contratado sob novo regime, sem estabilidade, submetido a avaliações periódicas, com metas a alcançar e inserido no mesmo regime de aposentadoria dos trabalhadores do setor privado. Será difícil acabar regalias e penduricalhos, “direitos” que multiplicam os salários dos que assessoram suas excelências nos Três Poderes. Essa gente se apropriou do setor público e não abre mão de nada: eles vão propor, discutir e também decidirão o que for judicializado no STF. O mote foi de Bolsonaro, há quatro décadas no setor público: “direitos não serão afetados”. Aí cabem regalias, privilégios e penduricalhos. Como na reforma da Previdência, membros da equipe do ministro Paulo Guedes defendem propostas que contrariam seus próprios interesses.
Assessores da futura ex-deputada Flordelis tentam manter os cargos junto ao suplente do suplente. É que o
substituto imediato, Pedro Augusto, investigado na Furna da Onça, não deve esquentar a cadeira.
O deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão, acha prematuro tratar da eleição para a presidência da
Câmara no início do ano. Lira é um dos favoritos, mas ele classifica o tema, neste momento, como “tóxico”.
Seguindo a tendência de agosto, setembro começou com o número de curados da covid 50% maior que
novos casos (40 mil infecções e 61 mil curas). Os casos ativos somam 669,2 mil, menor total desde 23 de
julho.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, já definida como o “Jardim do Éden” para políticos com a
reputação em chamas, continua obstinada na missão de neutralizar condenações e até investigações.
Fez bem o jornal parisiense Chalie Hebdo, ao republicar a charge usada como pretexto para o atentado
terrorista cujos autores agora serão julgados. Lá, como aqui, nada pode intimidar a liberdade de expressão.
O Tribunal Superior Eleitoral proibiu lives nas eleições municipais, tanto quanto showmícios são ilegais.
Cada vez mais perde sentido tanto dinheiro (R$2 bilhões) do fundão eleitoral para bancar campanhas.
'Discursos são repetidos, muita demagogia e poucos números”, Senador Oriovisto Guimarães e as reuniões
remotas da comissão da reforma tributária