Mansão de Flávio Bolsonaro em área nobre de Brasília pode ter sido um péssimo negócio

Leia a opinião de Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
Publicado em 04/03/2021 às 7:29
A mansão de Flávio Bolsonaro fica localizada no Lago Sul, bairro nobre da capital Foto: DIVULGAÇÃO


Flávio pagou caro por mansão

O valor de R$ 6 milhões pago pelo senador Flávio Bolsonaro (Rep-RJ) por sua mansão em área nobre de Brasília pode ter sido, afinal, péssimo negócio. Por sugestão de corretores consultados pela coluna, uma busca nas ofertas da região mostra que apenas três dos 21 imóveis à venda nas imediações têm valores superiores, mas são bem maiores, citados em revistas famosas ou têm luxos como elevador e casa de hóspedes. A maioria dos imóveis na região está anunciada com preços entre R$ 3 milhões e R$ 4,5 milhões, reforçando que Flávio Bolsonaro pagou caro. Segundo o senador, não há problema algum e a maior parte do imóvel foi financiada, com escritura pública. "Tudo redondinho, dentro da lei", disse. Os corretores ouvidos pela coluna não quiseram se identificar com medo de represálias de "antibolsonaristas", e serem prejudicados no trabalho.

Sem cabeça

Enquanto projeto de Eduardo Bismarck (PDT-CE) tenta adiar a punição a empresas que infringirem a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Erika Kokay (PT-DF) quer a aplicação imediata das sanções.

PIB: Brasil é 3º melhor

O resultado do PIB brasileiro calou os economistas do apocalipse como o FMI, que previu contração de 9%. Apesar da covid, a queda de 4,1% é o terceiro melhor desempenho entre as 10 maiores economias do mundo antes da pandemia. Apenas China, que cresceu 2,3% e foi a única com resultado positivo, e os EUA, com -2,3%, obtiveram resultados melhores em meio ao distanciamento social, lockdowns e demissões inevitáveis. Atrás do Brasil estão Japão (-4,8%), Canadá (-5,1%), Alemanha (-5,3%), Índia (-7,7%), França (-8,3%), Itália (-8,8%) e o Reino Unido (-9,9%). Ações como orçamento de guerra e auxílio emergencial foram decisivos para reação da economia, que cresceu 3,2% no último trimestre de 2020. Apesar do relativamente bom desempenho na pandemia, o Brasil sofreu com a alta do dólar, que disparou 29,33% em 2020 e 8,1% este ano. Sem pandemia, durante o destrambelhado segundo governo Dilma Rousseff, a queda no PIB chegou a -3,5% em 2015, e -3,3% em 2016.

Imunológica

A vacina indiana Covaxin tem eficácia de 81%, atestada na Fase 3 divulgada ontem, e apresenta resposta imunológica contra as chamadas "variantes" do coronavírus. O Brasil já comprou 20 milhões de doses.

Viva o campo

Pela enésima vez, o agronegócio segurou a peteca. Ao contrário da indústria e dos setores de serviços, e apesar dos ataques que sofre, o campo foi à luta e por isso o PIB da agricultura cresceu 2% em 2020.

Frase

Esse negócio de governar não é bom, não, é muito difícil" - Ex-presidente FHC à Rádio Bandeirantes, sobre o momento difícil que o Brasil enfrenta

Mandou bem

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, decidiu não premiar aliados com os ambicionados "cargos em comissão". Selecionou seus ocupantes, e os nomeou ontem, entre 20 mil currículos que recebeu.

Ao trabalho

Com a compra pelo Ministério da Saúde das vacinas que faltavam, da Pfizer e Janssen, perdem sentido o "consórcio de municípios" e a lorota de governadores sobre adquirir imunizantes (com dinheiro federal, claro).

Falência adiada

O cambaleante Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco, ganhou um fôlego. Nem sequer foi discutida, nessa quarta, a proposta para decretar falência. A assembleia de credores foi adiada para 16 de abril.

 

 

 

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