O dia 8 de março será lembrado como aquele em que o submundo da política ganhou mais uma e festejou sem risco de aglomerar. Eles não aglomeram, eles se "manifestam". Roubaram, roubaram muito, mas 3 mil provas e indícios serão incinerados alegando-se meras tecnicalidades. Todo roubo será perdoado. A tendência é liquidar investigações, processos pela extinção ou pela prescrição. E restará aos brasileiros a vergonha de assistir um político desonesto ser consagrado inimputável. Tudo deve ir para o lixo das prescrições: provas, ladrões confessos devolvendo dinheiro, acordos de delação etc. Tudo vai virar nada. Fica combinado assim: o líder de quadrilha tinha o direito de comandar o afano de R$43 bilhões da Petrobras "em nome da classe trabalhadora". A Lava Jato investigou e denunciou e a Justiça condenou 224 larápios, que agora farão fila para pedir à Justiça isonomia na impunidade. Mesmo condenado outra vez na Justiça Federal do DF, como as provas indicam, Lula dificilmente será julgado em segunda instância antes da eleição. O STF produziu candidato para enfrentar Bolsonaro em 2022.
Uma das sonoras gargalhadas ouvidas nas catacumbas do PT, ontem, foi do ex-tesoureiro da roubalheira do Mensalão Delúbio Soares, aquele que previu que tudo acabaria virando piada de salão. Virou mesmo. O jurista Miguel Reale Júnior diz que a decisão do ministro Edson Fachin "não esconde os fatos" comprovados nos processos e nem exime Lula de culpa, mas confirma que a prescrição deve beneficiar o ex-presidente. Outro jurista, Fábio Tofic Simantob, alerta que a decisão de Fachin elimina o "principal pilar" da acusação contra Lula: o ato de ofício de haver nomeado os ex-diretores ladrões usados para roubar a Petrobras.
Há tentativa de desqualificar o ministro Humberto Martins, presidente do STJ, desde que foi citado para vaga no STF. Ele tem elogiado currículo: foi promotor de Justiça aprovado em 1º lugar no concurso, professor de Direito Penal da Ufal e chegou ao STJ em vaga de desembargador.
O vice-presidente nacional da OAB Luiz Viana já está e campanha pela presidência da entidade, e busca de apoio das colegas mulheres que representam metade dos profissionais registrados na Ordem.
A Bolsa de Valores (B3) caiu quase 4 mil pontos, em 20 minutos, após notícias da decisão do ministro Edson Fachin (STF) de anular todos os atos da Lava Jato em Curitiba e devolver a Lula (PT) direitos políticos.
A política brasileira carece muito de força feminina"
Deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), no Dia Internacional das Mulheres
A vacinação contra covid-19 no Brasil imunizou quase 11 milhões (exatos 10,83 milhões) de brasileiros em 50 dias. É um desempenho melhor, por exemplo, que no Reino Unido, primeiro a iniciar a vacinação.
A plataforma Our World in Data indica que os dois países aplicam hoje a mesma quantidade de doses diárias. Mas o Brasil está em aceleração.
A decisão do ministro Fachin de, na prática, liberar o ex-presidiário Lula para disputar as eleições presidenciais caiu como uma bomba... no PDT. A primeira reação foi curta, direta e honesta: "acabou com o Ciro".