Chinês intriga CPI
A exibição de gravação em que o governador João Doria, muito irritado, manda "trazer o chinês pelo pescoço", a fim de atender a seus interesses político sobre a vacina, foi um dos momentos mais intrigantes na CPI da covid, nessa quinta, durante o depoimento do diretor do Butantan, Dimas Covas. O senador Marcos Rogério (Rep-RO), gentil, achou que Doria se referia a um lobista chinês, mas na CPI todos disseram depois que o alvo do pretendido "mata-leão" era o próprio embaixador da China. Governistas acham que Doria deveria ser convocado para contar, afinal, quem é o chinês que pretendia levar à sua presença "pelo pescoço". A irritada conversa foi gravada acidentalmente a partir de um microfone aberto sobre a mesa de Doria, após gravações para um documentário.
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- Um dos fatores mais importantes de qualquer CPI é o holofote, e nesse quesito os depoimentos de Pazuello ganharam "medalha" de ouro
- Em muitos estados do Brasil não faltou dinheiro no combate à covid-19, mas sobrou corrupção
Brasil vacinou uma França
Profissionais de saúde de todo o País aplicaram até a tarde dessa quinta-(27) o total de 65.397.577 doses de vacinas contra covid, desde o início da campanha de imunização, em 17 de janeiro. Apesar de alguns insistirem na lorota de que a imunização segue "a passos lentos" ou estaria até "parada", são vacinas suficientes para aplicar ao menos uma dose nos 65,2 milhões de habitantes da França. No Brasil, 47,8 milhões de pessoas (20,8% da população) receberam ao menos uma dose. Até ontem, foram 21,6 milhões de brasileiros (10,3% da população) que estão completamente imunizados contra a covid-19. A França é o 4º país mais afetado pela pandemia, em números totais, logo atrás do Brasil. São mais de 5,6 milhões de casos e 109 mil óbitos. Segundo a plataforma Our World on Data, a França aplicou metade das doses administradas no Brasil, tendo iniciado a vacinação 21 dias antes. O ritmo proporcional de imunização é parecido. Ambos levaram cerca de 130 dias para aplicar duas doses de vacina em 10% da população.
Explica aí
Na CPI, Dimas Covas não conseguiu articular uma explicação razoável sobre a identidade do chinês a ser levado "pelo pescoço" a Doria.
Contradição
O diretor do Butantan afirmou à CPI que a falta de dinheiro federal não atrasou o desenvolvimento da Coronavac. Além disso, ao ser aprovada pela Anvisa, a vacina já estava contratada pelo Ministério da Saúde.
Por quê?
Chegaram em 19 de novembro as 120 mil primeiras doses da vacina aqui rebatizada de Coronavac. E somente 50 dias depois o Butantan conseguiu formalizar à Anvisa o pedido de uso emergencial.
Não mente
As lorotas não resistem ao calendário. O desenvolvimento da Coronavac só foi concluído no fim de dezembro. O Butantan pediu uso emergencial em 8 janeiro à Anvisa, e a primeira dose seria aplicada nove dias depois.
Convocação
Fato curioso sobre a convocação dos governadores na CPI da covid no Senado. Nenhum dos governadores do PSDB foi convocado, mas quatro dos nove são ou foram filiados ao PSL, ex-partido de Bolsonaro.
Bate em Chico
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) disse que médico que receita remédios sem comprovação científica devia ser preso. Sem perceber, ele parecia defender a prisão de quem receitou cloroquina para David Uip.
Frase
"Acredito no País" - Presidente Jair Bolsonaro ao anunciar crescimento mínimo de 4% do PIB, em 2021.
Chinês intriga CPI
A exibição de gravação em que o governador João Doria, muito irritado, manda "trazer o chinês pelo pescoço", a fim de atender a seus interesses político sobre a vacina, foi um dos momentos mais intrigantes na CPI da covid, nessa quinta, durante o depoimento do diretor do Butantan, Dimas Covas. O senador Marcos Rogério (Rep-RO), gentil, achou que Doria se referia a um lobista chinês, mas na CPI todos disseram depois que o alvo do pretendido "mata-leão" era o próprio embaixador da China. Governistas acham que Doria deveria ser convocado para contar, afinal, quem é o chinês que pretendia levar à sua presença "pelo pescoço". A irritada conversa foi gravada acidentalmente a partir de um microfone aberto sobre a mesa de Doria, após gravações para um documentário.
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