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Ministério de Minas e Energia corta investimento em pesquisa e desenvolvimento no setor elétrico por superávit

Com o objetivo de "fabricar" superávit, o Ministério de Minas e Energia (MME) aplicou menos de 3% do total arrecadado para investir pesquisa e desenvolvimento no setor elétrico. Esse dinheiro é tomado dos cidadãos através das contas de luz cada vez mais caras. Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 18/11/2021 às 6:50
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
fachada do edifício do Ministério de Minas e Energia - FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Ministério cortou pesquisa por superávit

Com o objetivo de "fabricar" superávit, o Ministério de Minas e Energia (MME) aplicou menos de 3% do total arrecadado para investir pesquisa e desenvolvimento no setor elétrico. Esse dinheiro é tomado dos cidadãos através das contas de luz cada vez mais caras. De acordo com o ministro Jorge Oliveira, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Tribunal de Contas da União (TCU), o MME contingenciou recursos destinados a pesquisa durante oito anos, entre 2011 e 2019. O relatório do TCU evidencia que a fiscalização é "deficiente e não há controles adequados para recolhimento e investimento dos recursos". Com os recursos investidos, novas tecnologias poderiam ter garantido hoje "um cenário menos preocupante", segundo o TCU na crise hídrica. Sem política de Pesquisa & Desenvolvimento criada em 2000, durante o apagão, o Brasil virou refém de termelétricas que faturaram bilhões. Consumidores pagam contas de luz muito mais caras pela omissão da Aneel, que atua mais como parceira das distribuidoras que reguladora.

PL deu a Costa Neto 'poderes'

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, concedeu a ele mesmo "carta branca" para negociar a filiação de Jair Bolsonaro ao partido. Ele tem procurações com plenos poderes para votar em nome dos presidentes regionais. É a condição que impõe para designar alguém para essa função. A rigor, Valdemar Costa Neto precisa se reunir apenas com os próprios botões, nas deliberações do partido. O "centralismo democrático" de Valdemar Costa Neto foi revelado por um ex-presidente regional que desistiu do papel meramente figurativo. Apesar das aparências, Valdemar Costa Neto é o dono do PL e dos partidos que organiza, e exerce seu poder com "mão de ferro". A "carta branca" apenas dará pretexto ao presidente do PL para desfazer eventuais acordos regionais fechados pelos respectivos.

Feriadão

Acusado por seis ex-assessoras de embolsar 90% dos seus salários, o presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não deu as caras, ontem, na reunião do colegiado. Assessores dizem que estava em Lisboa, em evento que possibilitou o caríssimo "feriadão da alegria".

Artistas

Diretor-geral da Aneel, "agência reguladora" de energia elétrica, André Pepitone também esteve em um evento de Lisboa usado como pretexto para garantir feriadão alongado em Portugal, desde o dia 12 passado.

Frase

Os trabalhos da CCJ continuam sendo prejudicados"

Senador Eduardo Girão (Pode-CE) critica o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, que se recusa a pautar votações importantes

Licença

A decisão do MPF de não denunciar o assassinato e esquartejamento de um índio de 16 anos faz lembrar os 37 bebês mortos pelos pais índios em Caracaraí (RR), há alguns anos. Tanto quanto a barbárie que vitimou o garoto em Itaituba (PA), a chacina de bebês ficou impune.

Rei Momo

Davi Alcolumbre continua debochando do País. Diz agora que há "outras indicações" a serem votadas antes da sabatina de André Mendonça. Muitas. Mas não explica por que não as coloca em votação.

Pedala, CCJ

Três senadores de partidos governistas e oposicionistas protocolaram (17) requerimentos na CCJ para que seja marcada a sabatina de André Mendonça para o STF.

Coincidências

O ministro do STF Ricardo Lewandowski mandou investigar denúncia de racismo da deputada Bia Kicis (PSL-DF). Coincidentemente, ela é autora de projeto para revogar a PEC da Bengala, reduzindo dos atuais 75 para 70 anos a idade-limite para atuação dos ministros do STF.

 

 

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