Opinião

Críticos fazem de Bolsonaro 'defensor do servidor'. Aconteceu o que ele queria

No Planalto, a avaliação é que muitos dos críticos do aumento estariam apenas preocupados com os eventuais ganhos eleitorais do presidente

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 19/11/2021 às 7:09 | Atualizado em 19/11/2021 às 7:10
ALAN SANTOS/PR
Bolsonaro foi deputado federal antes de se tornar presidente - FOTO: ALAN SANTOS/PR

O presidente Jair Bolsonaro não é exatamente especialista na guerra de comunicação, mas dá seus tirinhos. Seu feito mais recente é colocar a oposição e todos os críticos, inclusive os ativistas da mídia, para divulgar sua intenção de aumentar os salários dos servidores federais, ainda que o ataquem pela iniciativa. Aconteceu o que ele queria. No Planalto, a avaliação é que muitos dos críticos do aumento estariam apenas preocupados com os eventuais ganhos eleitorais do presidente. A "sacada" de Bolsonaro ocorreu durante a visita Dubai. Aproximou-se dos jornalistas e os surpreendeu, garantindo as manchetes do dia. Político experiente, o presidente sabia que os críticos se encarregariam de espalhar que, no que depender dele, os servidores terão aumento. Nada estava combinado. Até o líder do governo e relator da PEC dos Precatórios, Fernando Bezerra (MDB-PE), desdenhou da promessa.

Brasil chega a 300 milhões

O Brasil chega nesta sexta-feira (19) à impressionante marca de 300 milhões de vacinas contra covid-19 aplicadas, segundo dados do portal de monitoramento vacinabrasil.org. Ao todo, o governo federal aplicou ao menos uma dose em cerca de 163 milhões de pessoas, equivalente a 76,4% da população. Além disso, 128 milhões (60%) de brasileiros estão com ciclo vacinal completo e 13 milhões já têm dose de reforço. São 18 Estados e o DF que superaram a marca de 50% da população com ciclo vacinal completo, mantendo a covid sob controle. O Amapá tem a menor proporção de imunizados, 34,8%, e ainda assim é um sucesso comparado ao continente africano, com apenas 6,7%. A expertise brasileira em vacinação tem sido fundamental e o Brasil já vacinou mais que Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França etc.

Sem desmerecer

Para Wilson Pedroso, coordenador da campanha do governador de São Paulo, João Doria, nas prévias do
PSDB, a tentativa de diminuir o valor do voto dos tucanos-eleitores de SP pelo gaúcho Eduardo Leite é "desdém". "Nosso adversário revela ser seletivo", disse Pedroso.

Investigar

Procurando explicação para a atitude abusiva do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) citou "cargos públicos que foram dados ou que não foram dados". Há suspeitas ainda mais graves, que deveriam ser investigadas.

Pedala, Pacheco

Além da molecagem de Alcolumbre, recusando-se a pautar votações na CCJ, impressiona a falta de autoridade e de liderança do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Sua omissão é constrangedora.

Pegou mal

Lasier Martins (Pode-RS) ficou "perplexo" com a afirmação do ministro Dias Toffoli sobre o "poder moderador" do STF. "Sem votos, o ministro quer que o STF seja superior aos outros poderes", disse o senador.

CRE funciona

A Comissão de Relações Exteriores do Senado marcou para a quinta-feira (25) a sabatina de dez indicados para embaixadas brasileiras mundo afora, incluindo China, Espanha, Colômbia e Equador.

Tsunami solar

O uso da energia solar no Brasil segue em franca expansão e parece um tsunami, passando por cima do
lobby. O setor informa que o Sol já é responsável por 12 gigawatts gerados, alta de 10% em um mês.

Frase

"Existem pessoas boas no Centrão", Sergio Moro, em campanha, fazendo aceno para os políticos dos partidos de centro que tanto criticava

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