Está em gestação no Congresso a criação de um batalhão de polícia para assumir a segurança da Esplanada dos Ministérios.
O assunto já foi debatido entre a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), ambos do PP.
O projeto esvazia o movimento de federalização da Segurança do DF, como pretende projeto do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE).
Escolhidos
Os militares do batalhão devem sair do contingente da Polícia Militar do DF e vão responder a um comandante designado pelo governo federal.
Perímetro
O Senado terá que chancelar os nomes de comando do batalhão, que vai cuidar da segurança da Esplanada dos Ministérios e de embaixadas.
A conta
Manutenção e salários dos militares devem ficar com o Governo do DF, que mantém o Fundo Constitucional como está, sem diminuir o valor.
Abacaxi
A coluna ouviu de envolvidos no projeto que não há vontade da União de assumir a Segurança de todo o DF e o problema que isso representa.
Governo teme fritura de Dino e não quer CPI
O Palácio do Planalto avalia que a criação, no Senado, de comissão de inquérito para apurar a quebradeira em Brasília, no dia 8, vai acabar por arrastar o ministro da Justiça, Flávio Dino, para o olho do furacão. Chefe da Força Nacional e Polícia Federal, Dino seria prato cheio na CPI.
A esperança dos governistas era que senadores que assinaram o pedido e não se reelegeram naufragariam a CPI. Mas não contavam com um “olé” da autora do pedido, a senadora Soraya Thronicke (União-MS).
Sem alarde
O pedido, atualizado para a coluna, registra 46 assinaturas, 34 são de senadores reeleitos. A lista foi cuidadosamente reforçada por Soraya.
Sonho frustrado
A lista inicial contava com 31 assinaturas, sendo 12 de senadores que deixarão o cargo no dia 1º, o que inviabilizaria a instalação da CPI.
Papo reto
À coluna, Soraya rebateu Lula, que sabota a criação da CPI: o Senado não vai deixar ninguém varrer essa afronta para debaixo do tapete.
Derreteu
Chama atenção a desvalorização aguda da Americanas, suspeita de fraude para enganar investidores. A ação abriu a sexta (20) a R$0,99 e fechou em R$ 0,65. O papel valia R$12 no começo do mês.
O preço do luxo
Mensagem disparada por Carlos Bolsonaro (Rep-RJ) lembra a gastança desenfreada de Lula e Janja com hospedagem. Nas contas do vereador, o bem-bom do casal no exterior custa ao brasileiro R$11.638 por dia.
Bloco na rua
Arthur Lira espera votação histórica na recondução como presidente da Câmara. A campanha está no nível de eleições gerais: fotos produzidas, divulgação maciça em redes e jantares e mais jantares com bancadas.
Cara de pauta
O PT fará jantar para 300 convidados (convites de até R$20 mil) a fim de comemorar 43 anos. É para virar “autossustentável”, disse a dirigente do partido que recebeu R$600 milhões do pagador de impostos em 2022.
Ordem certa
José Múcio (Defesa) enfureceu os cães raivoso do PT ao afirmar que os comandantes militares estão cientes que o governo tomará providências sobre envolvidos nas invasões do dia 8, mas o caso está com a Justiça.
Terrorista não dá golpe?
O novo top-top Celso Amorim disse à rede britânica BBC não acreditar que militares brasileiros planejavam um golpe: “isso não aconteceu”. Mas chamou de “terrorismo” os atos de vandalismo em Brasília, dia 8.
Saúde na pauta
Considerado o cirurgião plástico que mais opera no Brasil, o deputado Dr. Augusto Pupio (MDB-AP) pretende colocar a solução dos problemas de saúde pública pauta da Câmara.
Protagonismo
O MDB quer ter papel de destaque na reforma tributária que se avizinha. O escalado para convencer o ministro Fernando Arcabouço Haddad é o deputado Baleia Rossi, que tem apresentado propostas.
Pensando bem...
...Lula vai encontrar uma Casa Rosada de vergonha como o governinho do amigão Alberto Fernández.
PODER SEM PUDOR
Tancredo e as namoradas
Em agosto de 1983, Tancredo Neves promovia reuniões secretas para articular sua vitória no Colégio Eleitoral, e precisava driblar os jornalistas: com Ulysses Guimarães, marcou encontro com dois governadores na casa de um amigo no Lago Sul, em Brasília.
Passou pelos repórteres, apressado: “Ulysses e eu arranjamos umas namoradas e vamos encontrá-las”, disse. “É mesmo? Onde é o encontro?” perguntou uma repórter, sorrindo. “Na QL 8 do Lago Sul”.
Ninguém acreditou, mas também não seguiu a dupla. Que se dirigiu tranquilamente para a reunião com os governadores. Na QL 8 do Lago Sul.
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos