DICAS

Além dos aposentados, agora são as empresas que precisam ter cuidado para não cair no golpe do falso empréstimo. Veja o que fazer.

Oferta de crédito para Pessoas Jurídicas, principalmente nas redes sociais, pode encobrir um golpe. Número de casos vem crescendo

Imagem do autor
Cadastrado por

Edilson Vieira

Publicado em 15/07/2021 às 18:36
Notícia
X

 

Os golpes digitais estão se diversificando. Além de buscarem pessoas com pouco conhecimento de tecnologia e mais sensíveis para caírem na conversa do "empréstimo vantajoso", agora o foco são as empresas, sobretudo as menores, que estão dependendo de um recurso extra para seguirem em frente nesses tempos de pandemia.

Segundo uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), nos primeiros meses de 2021, foi registrado um aumento de 100% nos ataques de phishing,  técnica para ter acesso a dados confidenciais de usuários. No contexto empresarial, a situação não é diferente. 

 

ABORDAGEM

"As modalidades de golpes são inúmeras, mas um tipo que chama cada vez mais atenção acontece nas redes sociais. Golpistas utilizam indevidamente o nome de instituições financeiras ou fintechs para abordar pessoas com o objetivo de oferecer falsos empréstimos para Pessoa Jurídica", explica Bruno Israel, chefe de marketing da BizCapital, fintech de soluções financeiras para pequenas e médias empresas.

Bruno diz que, para que o suposto crédito seja liberado, é solicitado um pagamento antecipado ao empreendedor que, sem desconfiar de que se trata de um golpe, realiza o depósito. "No fim, além de não ter o empréstimo prometido, a vítima ainda leva um grande prejuízo financeiro", explica Bruno Israel. O executivo listou cinco dicas para que o empreendedor possa reconhecer e se proteger do golpe:

1. Não faça pagamentos antecipados

Quando a empresa pede depósito antecipado, cuidado! Esse é um grande sinal de que você está prestes a cair em um golpe. Não é usual que instituições financeiras idôneas trabalhem com pagamentos antecipados para a liberação de crédito. Além de não fazer transações de valores antecipados, você também não deve fornecer a sua documentação antes de decidir concretizar o empréstimo empresarial.

2. Jamais divulgue dados sigilosos

Não compartilhe dados pessoais ou bancários, senhas, tokens e códigos de segurança para outras pessoas. Com essas informações, criminosos podem clonar documentos, realizar compras em seu nome e até aplicar golpes em outras pessoas se passando por você.

3. Desconfie de abordagens suspeitas, links e taxas abaixo do normal

Os golpistas entram em contato com suas potenciais vítimas para oferecer vantagens, benefícios e taxas de juros abaixo do praticado no mercado. Além disso, grande parte dos golpes são compartilhados por meio de links falsos em redes sociais e mensageiros, como o WhatsApp. Antes de clicar em qualquer link ou aceitar ofertas muito vantajosas, desconfie e procure saber se aquela proposta é realmente verdadeira.

4. Peça crédito PJ no lugar certo

Para não ser enganado, você precisa ter muita cautela ao escolher uma instituição financeira ou fintech para obter empréstimo. Procure sempre por empresas com boa reputação no mercado e que sejam autorizadas pelo Banco Central. Para fazer essa consulta, basta acessar o site do Banco Central e buscar a opção "Encontre uma Instituição" ou pelo telefone 145.

5. Antes de fechar negócio, pesquise comentários sobre a empresa

Ao considerar uma instituição para solicitar o seu crédito empresarial, pesquise se ela tem casos de reclamações graves ou até mesmo indicações de clientes que já foram lesados. O Google, as redes sociais e os sites de proteção ao consumidor, como Reclame Aqui e Procon, são ótimas ferramentas para encontrar a homepage da instituição, avaliações e comentários de clientes.

"É fundamental que as pessoas denunciem qualquer perfil que pareça suspeito. As redes sociais, por exemplo, têm caminhos bem simples para denunciar e bloquear perfis. Além disso, é importante que os usuários alertem as empresas que estão sendo usadas como isca para golpes,assim, elas também podem tomar medidas legais contra a prática criminosa e reduzir o risco para o consumidor", finaliza Israel.

Tags

Autor