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Mesmo com greve dos professores, governo de Pernambuco promete aulas nesta quarta-feira

Executivo estadual informa que escolas estarão abertas para receber as turmas de 3º ano do ensino médio

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 19/10/2020 às 20:34 | Atualizado em 20/10/2020 às 6:52
FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Escolas estão prontas para atender todo o protocolo sanitário de volta às aulas, garante o governo estadual - FOTO: FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

Apesar de os professores da rede estadual terem anunciado greve a partir desta quarta-feira (21), o governo de Pernambuco garante a retomada das aulas presenciais, nesta data, para os alunos do 3º ano do ensino médio. Pelo cronograma acordado com o Sintepe, os concluintes da educação básica são os primeiros a voltar. No dia 27 retornam os estudantes do 2º ano e em 3 de novembro os do 1º ano.

A aprovação da greve, a partir da zero do dia 21, foi tomada durante assembleia virtual,  na tarde desta segunda-feira, que contou com  a participação de cerca de 1.500 docentes. A paralisação, aprovada por 91% dos docentes, não atingirá as aulas remotas.

"O Governo do Estado, em cumprimento à determinação da Justiça e em benefício dos estudantes e da educação, reafirma que o início do processo de retomada das aulas presenciais nas escolas da rede pública estadual em todo o Estado ocorrerá nesta quarta-feira (21)", informa o Executivo estadual, por meio de nota. E garante que as 758 escolas de ensino médio estão prontas para receber os alunos com segurança.

"As unidades escolares da rede pública estadual se prepararam nas últimas semanas para essa retomada das aulas presenciais seguindo as normas do protocolo setorial. O que foi constatado pelos próprios representantes do Sintepe durante as visitas realizadas na semana passada em comissões criadas para atender ao pleito do referida instituição sindical", complementa o governo.

PREJUÍZOS

O Estado também criticou a decisão da greve e ressaltou que os professores estão descumprindo decisões judiciais. "Apesar de todo o trabalho e da busca de um processo de retomada das aulas presenciais nas escolas estaduais de forma propositiva, especialmente diante da melhoria de todos os indicadores e da redução dos números da pandemia no Estado, a decretação da greve por parte do Sintepe prejudica o processo, além de contrariar as decisões da Justiça", enfatiza o comunicado do governo.

"A continuidade da interrupção das aulas presenciais implicaria em ampliar ainda mais os prejuízos para os estudantes que desejam voltar às escolas, especialmente os concluintes do ensino médio, visto que estão encerrando esta etapa e se aproximando de avaliações importantes, como o Enem, SSA/PE e demais processos seletivos para ingresso ao ensino superior", diz o Executivo.

INCOERÊNCIA

"Não poderíamos voltar ao ensino presencial na quarta-feira se todo o processo que levou à suspensão da outra greve não foi ainda concluído. Seria incoerente. Precisamos terminar as visitas em todas as escolas de ensino médio e fechar com o governo questões pedagógicas", justificou o presidente do Sintepe, Fernando Melo. Uma nova assembleia está marcada para sexta-feira.

Fernando disse que tentou, na negociação realizada com o governo durante a manhã, adiar a retomada das aulas presenciais, sem sucesso. As comissões formadas na semana passada para vistoriar as unidades de ensino estiveram em 440 colégios, de um total de 758 que oferta o ensino médio. A rede tem 16.762 docentes lecionando nessa etapa para cerca de 290 mil alunos. 

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