Portões dos locais de prova do Enem 2021 são fechados
As provas deste domingo (21) começam às 13h30 e terminam às 19h
Atualizada às 14h10
No primeiro dia de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, os portões foram fechados às 13h, pelo horário de Brasília. Nos locais onde as equipes que a TV Jornal e o JC estiveram - na Unicap e na Unibra -, houve poucos candidatos que chegaram atrasados e acabaram sendo impedidos de entrar. As provas deste domingo (21) serão aplicadas às 13h30 e terminam as 19h.
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Em Pernambuco, 178.777 feras estão aptos a prestar os exames nos dias 21 e 28 deste mês, segundo dados divulgados pelo Inep. Os inscritos estão divididos nos 83 locais de prova no Estado. A capital, Recife, concentra o maior número de candidatos, 40.054. A Ilha de Fernando de Noronha é onde o Enem terá menos candidatos, apenas 47. No ranking estadual, Petrolina, no Sertão, aparece como a cidade com segundo maior número de candidatos (10.327), à frente de Caruaru e Jaboatão dos Guararapes.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, informou mais cedo o que todas as provas impressas do Enem foram entregues nos locais de aplicação. Segundo o ministro, a distribuição começou às 8h e o processo de entrega foi concluído em 3 horas pelos Correios. O procedimento contou com apoio de forças de segurança coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No campus 1 da Unibra, na Rua Joaquim Felipe, bairro da Boa Vista, área central do Recife, havia muita circulação de pessoas no entorno e um pequeno congestionamento vindo da Avenida João Fernandes Vieira, que dava acesso à rua do centro universitário. Alguns estudantes se confundiram com o campus onde iriam realizar as provas, pois a Unibra é descentralizada em blocos que ficam em outras ruas do bairro.
A medida em que se aproximava do horário do fechamento das provas, muitos estudantes que já haviam chegado e davam um tempo do lado de fora começaram a entrar, ficando apenas os pais que os acompanhavam aguardando o fechamento.
Faltando menos de um minuto, um estudante ainda conseguiu correr e garantir a sua participação na prova, sob os gritos de encorajamento das pessoas que estavam presentes. A reportagem só presenciou dois estudantes que chegaram ao local depois que os portões foram fechados. Nenhum dos dois quis dar entrevista.
Já na entrada do bloco G da Unicap, na Rua Almeida Cunha, também no bairro da Boa Vista, uma estudante chegou apenas 1 minutos depois do fechamento e não conseguiu realizar a prova. Identificada como Débora, ela alegou que acabou se atrasando porque precisou amamentar o seu filho de cinco meses.
Pais
Momentos antes dos portões fecharem na Unibra, Manuela Marinho, de 45 anos, comentou sobre a expectativa de ver a filha Julia, fazendo pela segunda vez o Enem. "Ela está tranquila, passou o ano todo estudando e fazendo alguns cursinhos suplementares, já que ela já terminou o Ensino Médio", disse.
Sobre o receio de que as recentes polêmicas envolvendo o Inep e o Enem, pudessem atrapalhar os candidatos, Manuela explicou que a prioridade foi focar na preparação da filha, que quer cursar Medicina. "Acho que no momento desse, nós procuramos evitar que ela tomasse conhecimento disso, para não contaminar tanto com os acontecimentos. Ela tem uma bagagem muito grande e que se aproveite disso", declarou.
A mesma estratégia foi adotada pelo professor de Biologia Ricardo Lobo, de 46 anos, que levou o seu filho Renan, de 15 anos, para fazer pela primeira vez a prova. Na avaliação dele, explorar os problemas que possam envolver a prova só poderia prejudicar os estudantes.
"Em todos os colégios em que eu trabalho, como eu como pai, a gente não ficou explorando muito isso nos meninos para não gerar uma ansiedade com eles, dizer 'Olha, pode ser que aconteça alguma coisa de errado', não. Então assim, a gente tem que dizer: 'Olhe, fique tranquilo', disse.
Sobre as denúncias de interferência do governo Bolsonaro no conteúdo das questões, Ricardo considera que isso só poderá ser constatado quando houver o conhecimento público da prova. "Se a prova vai trazer algum problema, a gente não tem ideia. Só quando ela abrir e nós possamos ter contato com ela que a gente vai ter certeza. Agora, a esperança é que mesmo com alguma interferência, que ela venha justa. Se ela for justa, está ótimo para todo mundo, principalmente para os meninos que se prepararam para isso", completou Ricardo.