Mozart Ramos ganha medalha mais importante da química brasileira
Medalha Simão Mathias foi concedida a Mozart Ramos pela Sociedade Brasileira de Química
A medalha mais importante da química brasileira foi concedida, nesta terça-feira (31), ao ex-secretário de Educação de Pernambuco e ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, o professor Mozart Neves Ramos. A medalha Simão Mathias foi entregue durante a 45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, que acontece em Maceió, capital de Alagoas.
A premiação é dada anualmente a um químico que se destaca na área. Mozart foi escolhido para receber a medalha em 2020, mas devido à pandemia de covid-19, a entrega ocorreu somente agora. Além dele, a honraria foi dada à professora Maysa Furlan, da IQAr-Unesp, referente ao ano de 2021.
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Os homenageados deste ano foram Alzir Azevedo Batista (UFSCar), Ana Maria da Costa Ferreira (IQ-USP), Anita Jocelyne Marsaioli (Unicamp), Claudio José de Araujo Mota (UFRJ), Dorila Piló Veloso (UFMG), Frank Herbert Quina (IQ-USP), Maria Fatima das Graças Fernandes da Silva (UFSCar), Marília Oliveira Fonseca de Goulart (UFAL), Paulo Roberto Ribeiro Costa (IPPN-UFRJ) e Roberto Ribeiro da Silva (UnB).
RECONHECIMENTO
"Quando eu recebi a notícia da medalha foi algo que me trouxe uma grande alegria. Em 2013, tomei uma decisão, até ouvindo meu ex-orientador do doutorado, Roy Bruns, da Unicamp, sobre a escolha que deveria fazer pois não dava mais para produzir trabalhos na química e cada vez mais me dedicando à educação", diz Mozart. "Ali tomei a decisão que deveria parar com a química e cuidar das políticas públicas para educação", comenta.
"Quando a Sociedade Brasileira de Química resolveu outorgar essa medalha para mim levou em consideração também o meu compromisso com a educação brasileira. Um reconhecimento que foi além da química. Sempre fui muito ativo, pesquisador nível 1 do CNPQ. Mas eu fiz essa escolha há oito anos pela educação", afirma Mozart, que atualmente integra a Cátedra Sérgio Henrique Ferreira, da Universidade de São Paulo (USP), câmpus Ribeirão Preto.
"A Sociedade Brasileira de Química reconheceu que hoje um cientista precisa ir além da própria química. Precisa ter também um papel de ativista por causas importantes para o futuro do País, que é o caso da educação. Por esse reconhecimento estou bastante feliz", enfatiza Mozart.