COLUNA ENEM E EDUCAÇÃO

PRECATÓRIOS DO FUNDEF: o que isso tem a ver com as eleições

Governo de Pernambuco pagou, com dinheiro do precatório do Fundef, abono para 35 mil professores, nesta sexta-feira. Quem poderá faturar é Danilo Cabral (PSB), candidato a governador apoiado pela atual gestão

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Margarida Azevedo

Publicado em 26/08/2022 às 15:55 | Atualizado em 26/08/2022 às 15:56
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O dinheiro do precatório do Fundef não poderia ter saído em melhor hora para o candidato da atual gestão do governo de Pernambuco, o ex-secretário da Educação Danilo Cabral (PSB). Nesta sexta-feira (26), cerca de 35 mil professores ganharam o abono, pago com R$ 1 bilhão e 55 milhões recebido da União. Outros 17 mil receberão em setembro.

Embora o governador Paulo Câmara tenha se desgastado com a categoria ao anunciar uma data para pagar o benefício, 8 de agosto, e não ter cumprido - não por culpa da sua gestão, mas devido a impasses burocráticos com o STF - o pagamento a menos de dois meses das eleições poderá trazer ganhos políticos.

A briga com o governo federal para receber repasses do Fundef remonta de 20 anos atrás. O governo do Estado ingressou com ação na Justiça contra a União em 2002, ou seja, na gestão de Jarbas Vasconcelos, na época PMDB (hoje MDB). Mas quem está faturando é o PSB.

Entre os professores - categoria estratégica para conquistar votos, sobretudo para Danilo Cabral, que quer ser o governador da educação - o sentimento nesta sexta-feira é de alegria pelo recebimento do abono.

Os abonos têm valores altos - a média individual é de 17 mil reais, mas pode chegar a até 75 mil reais. Para uma profissão pouco valorizada financeiramente, o dinheiro extra dá um ânimo a mais.

Resta esperar para ver se essa motivação será traduzida nas urnas.

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