IDEB 2021

Ideb 2021: Pernambuco fica em terceiro lugar no ensino médio público

Na categoria, Pernambuco ficou com nota 4,4. O resultado coloca o Estado acima da média nacional, que foi de 3,9

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 16/09/2022 às 14:55 | Atualizado em 16/09/2022 às 19:00
Ascom Educação PE
A rede estadual de Pernambuco tem cerca de 35 mil professores, 533 mil alunos e 1.059 escolas. Valoriza Educação será pago a 41.663 pessoas, entre docentes e outros profissionais - FOTO: Ascom Educação PE
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O ensino médio público de Pernambuco ficou em terceiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) 2021, divulgado nesta sexta-feira (16), com nota 4,4.

O principal medidor da qualidade do ensino brasileiro no País considera o indicador de rendimento escolar (calculado pelas taxas de aprovação dos estudantes em determinado ano), e as médias de desempenho dos alunos nas avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Apenas Paraná e Goiás ficaram à frente do Estado na média do Ensino Médio, com notas 4,6 e 4,5, respectivamente. Alcançaram a mesma média de Pernambuco - 4,4 - São Paulo e o Espírito Santo. 

O resultado coloca Pernambuco acima da média nacional, que foi de 3,9 para os últimos três anos escolares, que são, atualmente, o grande desafio da educação brasileira.

No ensino fundamental, as escolas públicas pernambucanas ficaram bem atrás dos demais estados, mas com notas superiores ao do ensino médio.

O Ideb 2021 veio com dados distorcidos, segundo o próprio Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), já que foram colhidos no contexto da pandemia da covid-19, entre novembro e dezembro do ano passado, quando muitas escolas públicas do País ainda não estavam realizando atividades 100% presenciais, ou haviam acabado de promover este retorno.

Mesmo assim, segundo a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, a participação no Estado foi de 92,5%, acima da média nacional de participação que foi de 71,3%, e da meta estabelecida pelo Inep havia sido de 80%.

“A taxa de participação nas provas do Saeb e o resultado do Ideb refletem o esforço coletivo de toda a rede estadual, tanto durante o período de suspensão das aulas remotas quanto no processo de busca ativa dos nossos estudantes, e de reforço das aprendizagens com a retomada do ensino presencial. Um trabalho contínuo que envolve todos os profissionais da educação”, ressaltou o secretário Marcelo Barros.

Já no ensino fundamental, Pernambuco está atrás de 18 estados, com nota 5,1, nos anos iniciais. Nos anos finais, ficou com média 4,7 no Ideb, com 14 estados à frente. Para esse cálculo, as redes municipais também são consideradas.

Escolas mais bem avaliadas

Mais uma vez, a Escola de Aplicação do Recife ficou em primeiro lugar no ranking das escolas públicas do Ensino Médio de todo o Brasil, com média 7,6. Na classificação do Ensino Fundamental Anos Finais, os três melhores resultados entre as escolas estaduais são de Pernambuco.

O primeiro lugar também ficou com a Escola de Aplicação do Recife (7,9), seguido pela Escola de Aplicação Professora Ivonita Alves Guerra, em Garanhuns (com nota 7,8), e a Escola Tomé Francisco da Silva, em Quixaba (7,5).

Ideb 2021 veio com dados distorcidos

O Inep alertou que  o Ideb 2021 pode ter dados distorcidos, já que a coleta de informações e as provas foram feitas durante a pandemia, o que impactou a participação dos estudantes. Segundo o Instituto, foi aplicada em 71,3% dos alunos previstos, um número que deve variar consideravelmente conforme a etapa e a rede de ensino.

"É razoável supor que os alunos que não estavam presentes nos dias de prova em novembro e dezembro de 2021 são aqueles de menor nível socioeconômico, que estavam acompanhando menos as atividades escolares ou já haviam abandonado os estudos", disse o movimento Todos pela Educação.

Os dados referentes às taxas de aprovação também acendem um importante alerta. Isso porque o cálculo do Ideb leva em consideração o índice de aprovação nas escolas - mas muitas delas implementaram uma política de aprovação de todos os estudantes na pandemia, o que deve aumentar a nota de muitas, sem necessariamente significar melhora no ensino.

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