IDEB 2021

Ideb 2021: Pernambuco fica em 10º e 7º lugar nos anos iniciais e finais do ensino fundamental público, respectivamente

Estado ficou com notas 5,1 e 4,7 no ensino fundamental público, respectivamente, ainda foram maiores que as do ensino médio público, de 4,4

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 16/09/2022 às 15:17 | Atualizado em 16/09/2022 às 15:48
Andréa Rêgo Barros/PCR
Sala de aula de ensino fundamental - FOTO: Andréa Rêgo Barros/PCR
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O ensino fundamental público de Pernambuco ficou em 10º e 7º lugar nos anos iniciais e finais, respectivamente, no Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) 2021, divulgado nesta sexta-feira (16). As notas, 5,1 e 4,7, ainda foram maiores que as do ensino médio público, de 4,4, que deixou o Estado em 3º lugar nesta categoria no País.

Há 18 estados à frente de Pernambuco nos anos iniciais, do 1º ao 5º ano escolar, e 14 à frente nos anos finais, do 6º ao 9º ano. Para calcular a nota, as redes municipais também são consideradas.

O principal medidor da qualidade do ensino brasileiro no País considera o indicador de rendimento escolar (calculado pelas taxas de aprovação dos estudantes em determinado ano), e as médias de desempenho dos alunos nas avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

O ensino médio público segue sendo o maior desafio na educação brasileira, mostram os dados. Isso porque, mesmo os melhores estados Paraná e Goiás, ficaram com notas baixas, 4,6 e 4,5, respectivamente.

Alcançaram a mesma média de Pernambuco - 4,4 - São Paulo e o Espírito Santo. O resultado coloca PE acima da média nacional, que foi de 3,9 para os últimos três anos escolares, que são, atualmente, o grande desafio da educação brasileira.

O Ideb 2021 veio com dados distorcidos, segundo o próprio Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), já que foram colhidos no contexto da pandemia da covid-19, entre novembro e dezembro do ano passado, quando muitas escolas públicas do país ainda não estavam realizando atividades 100% presenciais, ou haviam acabado de promover este retorno.

Mesmo assim, segundo a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, a participação no Estado foi de 92,5%, acima da média nacional de participação, de 71,3%, e da meta estabelecida pelo Inep havia sido de 80%.

“A taxa de participação nas provas do Saeb e o resultado do Ideb refletem o esforço coletivo de toda a rede estadual, tanto durante o período de suspensão das aulas remotas quanto no processo de busca ativa dos nossos estudantes, e de reforço das aprendizagens com a retomada do ensino presencial. Um trabalho contínuo que envolve todos os profissionais da educação”, ressaltou o secretário Marcelo Barros.

Escolas mais bem avaliadas

Mais uma vez, a Escola de Aplicação do Recife ficou em primeiro lugar no ranking das escolas públicas do Ensino Médio de todo o Brasil, com média 7,6. Na classificação do Ensino Fundamental Anos Finais, os três melhores resultados entre as escolas estaduais são de Pernambuco.

O primeiro lugar também ficou com a Escola de Aplicação do Recife (7,9), seguido pela Escola de Aplicação Professora Ivonita Alves Guerra, em Garanhuns (com nota 7,8), e a Escola Tomé Francisco da Silva, em Quixaba (7,5).

Ideb 2021 veio com dados distorcidos

O Inep alertou que  o Ideb 2021 pode ter dados distorcidos, já que a coleta de informações e as provas foram feitas durante a pandemia, o que impactou a participação dos estudantes. Segundo o Instituto, foi aplicada em 71,3% dos alunos previstos, um número que deve variar consideravelmente conforme a etapa e a rede de ensino.

"É razoável supor que os alunos que não estavam presentes nos dias de prova em novembro e dezembro de 2021 são aqueles de menor nível socioeconômico, que estavam acompanhando menos as atividades escolares ou já haviam abandonado os estudos", disse o movimento Todos pela Educação.

Os dados referentes às taxas de aprovação também acendem um importante alerta. Isso porque o cálculo do Ideb leva em consideração o índice de aprovação nas escolas - mas muitas delas implementaram uma política de aprovação de todos os estudantes na pandemia, o que deve aumentar a nota de muitas, sem necessariamente significar melhora no ensino.

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