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Enem e Educação

Por Mirella Araújo e equipe
REPÚDIO

Ministro da Educação repudia atos obscenos de alunos de Medicina e diz que caso é "inaceitável"

Nos videos, os estudantes do curso de Medicina da Unisa aparecem seminus e fazendo gestos obscenos em um jogo de volêi feminino

Cadastrado por

Mirella Araújo

Publicado em 19/09/2023 às 14:00 | Atualizado em 19/09/2023 às 14:15
Alunos do curso de Medicina acompanhavam partido de vôlei durante jogos interclasses
Alunos do curso de Medicina acompanhavam partido de vôlei durante jogos interclasses - Reprodução/Redes sociais

São Paulo (SP) - O ministro da Educação, Camilo Santana, repudiou veementemente as cenas que viralizaram desde o último domingo (17), em que estudantes do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), aparecem correndo seminus e simulando a masturbação durante um jogo de vôlei feminino. 

Durante sua participação do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, promovido pela Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação), nesta terça-feira (19), Camilo Santana classificou a situação como "revoltante e repugnante".

Ao saber do caso, o Ministério da Educação notificou a Unisa, que oficialmente tem um prazo 15 dias para prestar esclarecimentos e informar quais medidas foram tomadas diantes das cenas lamentáveis. 

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"O presidente Lula me ligou preocupado com o episódio. Nós estamos aguardando uma posição oficial da universidade, mas já nos antecipamos. Não só é importantea expulsão dos alunos, mas também que possam responder legalmente aos fatos ocorridos. Não podemos imaginar um fato como esse, ainda mais de jovens que prentendem ser médicos nesse país", declarou o ministro. 

O caso ocorreu na cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, em abril deste ano. No entanto, os vídeos começaram a circular nas redes sociais neste fim de semana. A Unisa informou, nessa segunda-feira (18), que expulsou seis estudantes identificados no vídeo até o momento. Por meio de nota, a instituição também disse vai colaborar com as investigações e outros estudantes envolvidos no caso podem receber a mesma punição máxima de expulsão. 

Um dos questionamentos  feitos pelo  ministro da Educação, Camilo Santana, foi justamente sobre o fato de o episódio ter ocorrido em abril, mas só agora a universidade ter buscado tomar providências. O ministro da Educaçao explicou ainda que, embora a instituição seja privada, cabe ao MEC regular o ensino das universidades.

Satana disse que acionou o setor jurídico da pasta para saber quais medidas poderam ser encaminhadas. “A primeira [medida] foi notificar a instituição, para depois fazermos uma ação mais efetiva a partir do retorno dessa notificação. Fico pergunando porque os envolvidos não foram expulsos antes, se o fato ocorreu em abril, porque só agora que se tornou público. Esses estudantes precisam se retratar, precisam pedir desculpas e sofrer as punições que a lei determinar em relação a esse tipo de comportamento", disse o ministro da Educação, em respostas aos questionamentos feitos pelos jornalistas presentes no Congresso. 


*A titular da coluna Enem e Educação, deste JC, viajou a convite da Fundação Telefônica Vivo


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