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Por Mirella Araújo e equipe
EDUCAÇÃO

Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico: Saber Viver é a escola do Recife com mais medalhas; veja os resultados da disputa

Estudantes da Escola de Aplicação do Recife da UPE também tiveram destaque na OBRL, conquistando 51 medalhas na competição

Cadastrado por

Mirella Araújo

Publicado em 27/11/2023 às 15:16 | Atualizado em 01/12/2023 às 16:39
Colégio Saber Viver conquistou 15 medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico - Guga Matos / JC Imagem

Uma disputa que estimula a memória, a criatividade, a destreza e o pensamento lógico-analítico de estudantes através do mundo dos jogos e desafios lógicos. Esse é o objetivo da IX edição da Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico (OBRL) 2023.

No Recife, o Colégio Saber Viver conquistou 66 medalhas, com destaque para a aluna Laura Paes, do 5º ano, que alcançou o 1º lugar geral (nacional) no nível Teta. O incentivo de participar da competição partiu da escola, mas Laura decidiu competir por gostar de desafios.

“Fico muito feliz de saber que estou representando minha cidade, minha escola e minha família. Eu gosto muito de estudar e a minha matéria favorita é matemática, então como eu já faço há algum tempo a olimpíada de matemática, isso me ajudou muito também”, afirmou.

Para se preparar para as provas da OBRL, Laura dividiu sua rotina entre as atividades da escola e os exercícios focados na disputa brasileira, sempre contando com o apoio e incentivo dos pais.

“Eu resolvi fazer essa olimpíada por prazer mesmo e o apoio da minha família foi muito importante, eles me incentivaram muito. Quando eu descobri o resultado eu fiquei até um pouco chocada, meio sem acreditar, por ser uma conquista tão grande”, declarou Laura Paes, que pretende continuar participando nas próximas edições.

A aluna Laura Paes, do Colégio Saber Viver, conquistou o 1º lugar nacional do nível Teta da OBRL - Guga Matos / JC Imagem

INCENTIVO PARA TODOS OS ALUNOS

O professor de Raciocínio Lógico e coordenador de Olimpíadas do Colégio Saber Viver, Daniel França, explica que o incentivo é para que todos os alunos possam participar das olimpíadas.

“Gostamos de oportunizar as olimpíadas para nossos estudantes, por isso fazemos o convite à todos. Paralelo a isso, fazemos uma preparação específica com aulas no contraturno e aos sábados, trabalhando com provas antigas dessas competições para que os alunos possam ganhar mais confiança. A partir dessa confiança é que eles têm vontade de participar”, disse o docente.

A insegurança e o medo de não corresponder às expectativas são alguns dos entraves que também precisam ser encarados ao longo dessa preparação. “A pressão e a frustração são coisas que andam juntas nesse universo de olimpíadas, mas o nosso trabalho junto com o serviço de orientação pedagógica e psicológica da escola é fortalecer os alunos para que eles ganhem autonomia durante esse processo”, disse Daniel França.

“E eles ganham autonomia quando conseguem ir acertando e crescendo com as questões. Até um erro tem uma lógica por trás, o importante é que os alunos vejam que isso não pode ser sempre uma frustração, mas pode se tornar um ponto de partida”, concluiu o professor de Raciocínio Lógico do Colégio Saber Viver.

Colégio Saber Viver conquistou 15 medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico - Guga Matos / JC Imagem

OBRL PARA ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS

A Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico é aberta a todas as escolas da rede pública e da rede particular. Segundo a organização, a disputa possui caráter estritamente pedagógico e cultural, sendo divida entre os níveis Teta (4º e/ou 5º ano - Fundamental); Alfa (6º ano - Fundamental); Beta (7º ano - Fundamental); Gama (8º ano - Fundamental); Ômega (9º ano - Fundamental); e Delta (1ª, 2ª e 3ª séries - Ensino Médio.

Os estudantes inscritos pelas escolas participam de duas fases, com dez questões objetivas em cada uma das etapas, com duração de 40 minutos para elucidar os problemas.

No ranking de medalhas que também se destacaram no Recife, estão o Colégio Cognitivo, com 57 medalhas, a Escola de Aplicação do Recife, com 51 medalhas, e o Colégio Militar do Recife, com 51 medalhas. A lista completa com os nomes dos alunos, as escolas participantes, e as classificações, está disponível desde o dia 18 de novembro e pode ser acessada através do site www.obrl.com.br.

O aluno da Escola de Aplicação do Recife, Wenderson Emiliano Sabina, de 12 anos, foi medalha de ouro na categoria Alfa. Por gostar muito de matemática e de raciocínio lógico, Wenderson disse que partiu dele a iniciativa de participar da OBRL neste ano e, com o apoio da escola, se dedicou muito para obter um bom resultado. 

"Quando peguei as provas das edições anteriores tinha algumas que não conseguia resolver, então foquei nelas. Tive mais dificuldades nas questões que exigiam só o raciocínio lógico mesmo, foram questões que me trouxeram muitas dúvidas então o resultado final me surpreendeu bastante. Pretendo continuar participando e vou aproveitar todas as oportunidades", contou o jovem, que está no 6º ano do Fundamental.

Também medalha de ouro na categoria Alfa, o estudante do 6º ano da Escola de Aplicação do Recife, Arthur Pereira, de 13 anos, disse que ficou surpreso com o resultado, mas muito feliz com a conquista. " Decidi participar por causa do incentivo da escola e da minha mãe também, mas é algo que gosto muito de estudar que é a matemática. Tive uma preparação muito boa por causa do concurso para entrar na Escola de Aplicação e também estudei as provas anteriores da OBRL", afirmou Arthur. 

Alunos da Escola de Aplicação do Recife conquistam medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico - Gabriel Ferreira / JC Imagem

MATURIDADE EDUCACIONAL

A Escola de Aplicação do Recife, vinculada a Universidade de Pernambuco (UPE), tem participado da OBRL desde as primeiras edições, e segundo o educador de apoio e professor de matemática, Lamartine Ramos, os estudantes gostam muito dessa competição. "Porque além de verem o conteúdo da matemática em si, eles também praticam esse aprendizado nas olimpíadas e gostam muito", explicou Ramos. 

A autoestima dos alunos também é algo trabalhado durante a preparação para qualquer competição de conhecimento. "Como eles são do 6º ano, nós trabalhamos a questão da maturidade educacional. E o que é isso? É eles estudarem para eles e por eles, porque nessa fase eles estudam mais porque os pais pedem e nós vamos tentar construir esse amadurecimento junto com eles. Então tentamos criar um aluno consciente de que eles estão estudando para alcançarem seus objetivos lá na frente", afirmou o professor de matemática Lamartine. 

 

Alunos da Escola de Aplicação do Recife conquistam medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Raciocínio Lógico - Gabriel Ferreira / JC Imagem

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