A Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) realizou, nesta quinta-feira (25), uma Assembleia Geral Extraordinária, para deliberar sobre a contraproposta apresentada pelo governo federal que concede o reajuste salarial de 9% a partir de janeiro de 2025 e mais 3,5% para maio de 2026.
Por meio de votação, a proposta foi recusada de forma unânime pelos 201 docentes que estiveram presentes na reunião. "Essa assembleia foi extremamente importante. A proposta do governo continua com reajuste zero para 2024, então nós a recusamos. Nós também votamos sobre as questões relativas aos adendos, que são as assinaturas dos termo com o governo. Votamos de forma contrária porque não queremos somente pra gente, mas para os aposentados também todos os ganhos", explicou a presidenta da Adufepe, Teresa Lopes.
A dirigente destacou que a greve irá continuar e que o Comando de Greve Local está recebendo diariamente adesões dos departamentos, dos núcleos e dos centros da UFPE. "Nossa mobilização continua, nós vamos começar uma série de atividades dentro da universidade e continuamos a convidar os professores a se engajar na luta", disse Teresa.
A adesão à greve nacional dos servidores federais da Educação foi tomada após uma votação online, na qual 899 professores votaram a favor, enquanto 795 votaram contra, com 43 abstenções, em Assembleia Geral Extraordinária realizada na semana passada.
A paralisação das aulas ocorreu oficialmente na última segunda-feira (22). Os docentes também reivindicam a reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho.
Entre as propostas apresentada pelo governo federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGISP), também consta o reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil; no auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90; e mais aumento dos recursos de assistência à saúde suplementar, que a depender do escalonamento, pode chegar a 51%.
"Com o reajuste de 9,0% em janeiro de 2025 e 3,5% adicionais em maio de 2026, os aumentos poderão variar entre 12,8%, para o primeiro nível da carreira, a 16,1%, para professores titulares. Professores doutores no regime de 40h com dedicação exclusiva passarão a receber R$ 11.824,86 na entrada da carreira e R$ 25.982,49 no final", informou o ministério.