Jovem erra as 90 questões do Enem? Entenda o meme e saiba por que mesmo errando tudo, candidato não zera a prova
Saiba como funciona a correção do Enem e por que, mesmo errando tudo, o candidato ainda pode pontuar. Conheça a TRI e como isso pode impactar sua nota
Na época do Enem, é comum ver memes nas redes sociais sobre o tema; o mais recente circulando é sobre um suposto "jovem que errou as 90 questões" da prova.
A brincadeira viralizou no X (antigo Twitter), com uma montagem feita para parecer uma notícia do G1. Mas será que realmente é possível zerar a prova do Enem ao errar todas as questões?
A resposta é: não, e o motivo está no método de correção conhecido como Teoria de Resposta ao Item (TRI). Todas as questões têm uma pontuação mínima, que nunca começa em zero, mesmo para quem erra todas as perguntas.
Essa pontuação mínima, estabelecida pela TRI, significa que a nota final depende da dificuldade das questões respondidas, com uma base inicial de pontuação geralmente em torno de 200 pontos para cada área do conhecimento.
Entenda como o TRI funciona e por que mesmo um desempenho desastroso não gera nota zero.
Como funciona a correção do Enem com a TRI
No Enem, acertar muitas questões não garante uma pontuação tão alta, assim como errar tudo também não resulta em zero.
Isso porque a Teoria de Resposta ao Item (TRI) classifica cada questão entre fácil, média e difícil, buscando avaliar a coerência das respostas.
Essa metodologia calcula a pontuação com base na consistência dos acertos de um candidato.
Por que errar questões fáceis pode pesar mais
A TRI analisa a possibilidade de um candidato ter acertado algumas questões difíceis por "chute".
Por exemplo, se um aluno erra uma pergunta simples, cuja resposta está no próprio enunciado, mas acerta uma mais complexa, a correção tende a considerar que ele teve sorte.
Já um candidato que acerta questões fáceis e erra as difíceis pode receber uma nota maior, pois sua prova aparenta mais coerência.