ELEIÇÕES 2022

Sergio Moro encolhe se comparado a Bolsonaro, aponta pesquisa

Pré-candidato do Podemos, Sergio Moro não consegue decolar e, se comparado a Bolsonaro, encolheu

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Augusto Tenório

Publicado em 11/02/2022 às 12:08
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Tentando se vender como uma opção de 'terceira via', alternativa entre a disputa reduzida entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), Sergio Moro (Podemos) se apequena se comparado ao atual presidente da República, com quem disputa o voto da direita. Isso é o que aponta a pesquisa Ipespe de fevereiro, divulgada nesta sexta-feira (11). Confira aqui a intenção de voto na disputa pela presidência.

Em questões de primeiro turno, Sergio Moro se encontra estagnado. Marcou 8% de intenção de voto, mesmo número atingido no levantamento de janeiro. O ex-juiz chegou a ter a preferência de 11% dos entrevistados em novembro, quando lançou sua pré-candidatura.

Agora, o ex-ministro de Bolsonaro está empatado com Ciro Gomes (PDT). Além disso, num cenário sem a candidatura do pedetista, Sergio Moro não cresceria sequer 1%. Num eventual segundo turno, a situação do ex-juiz também se complica.

Segundo a pesquisa Ipespe, Sergio Moro perdeu terreno na disputa isolada contra Jair Bolsonaro. Num hipotético - e improvável - segundo turno entre os pré-candidatos, a vantagem do ex-juiz recuou e agora encontra-se dentro da margem de erro: 32% a 30%. A distância já foi maior: chegou a 35% contra 28% em janeiro.

Made with Flourish

A pesquisa IPESPE foi realizada no período de 07 a 09 de fevereiro de 2022, com amostra nacional de 1.000 entrevistados, representativa do eleitorado brasileiro, de 16 anos e mais, de todas as regiões do País; com cotas de sexo, idade e localidade; e controle de instrução, renda e recall do voto presidencial 2018.

A margem de erro máximo estimada é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%. Os percentuais que não totalizam 100% são decorrentes de arredondamento ou de múltiplas alternativas de resposta.

Agenda de Sergio Moro é fraca para 2022, avalia cientista política

Em entrevista, a pesquisadora e professora Nara Pavão avaliou o comportamento do eleitorado diante da eleição deste ano. Na pauta, a percepção sobre corrupção, economia, interesse pela disputa e viabilidade das candidaturas nacionais e estaduais.

"Sou cética com relação ao potencial de crescimento de Sergio Moro, pois é uma agenda muito fraca para 2022. Sua agenda é a de 2018, se ele fosse candidato nessa eleição, teria muita chance. Ele ainda estava muito popular. A Lava Jato construiu toda essa campanha anticorrupção que deixou o eleitorado muito sujeito a esse tipo de mobilização", avalia. 

 

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