Eleições 2022

Raquel Lyra sai candidata ao governo do Estado, no final de março

Os candidatos evitam sair no mês de abril, data limite para tentar mandatos eletivos

Jamildo Melo
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Jamildo Melo
Publicado em 28/02/2022 às 13:09
FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
VANTAGENS Aliados da tucana veem limitações nas candidaturas de Anderson Ferreira e Miguel Coelho - FOTO: FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
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A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), deixará o posto no final de março, no prazo do limite da legislação, com o objetivo de assumir a candidatura ao governo do Estado, pelas oposições.

"Ela não tem como voltar atrás, com os compromissos que já assumiu", afirma um líderança partidária, ao blog.

Outra definição é que a prefeita não sai candidata ao Senado de forma alguma, em uma eventual composição imaginada por aliados da oposição. O objetivo único é o governo do Estado.

"Ela só renunciará ao mandato por convicção. Todas as pesquisas eleitorais dão ela na frente. Não iria renunciar em favor de alguém (na oposição)", contam aliados.

Raquel Lyra, no passado, já pertenceu ao PSB e deixou o partido ao negarem a legenda para disputar a prefeitura.

Miguel Coelho/Campanha
Evento no Agreste, com ex-tucanos de Santa Cruz do Capibaribe - Miguel Coelho/Campanha

Comparação com aliados na oposição

Nos bastidores, os aliados de Raquel Lyra apostam que os outros dois competidores na oposição tem limitações que vão acabar beneficiando a candidata do PSDB.

"A maior desvantagem de Miguel Coelho é que 70% do voto dele é no São Francisco, assim é um candidato limitado. No Agreste, tem uns 4%, na Zona da mata 3,5% e na Região Metropolitana do Recife nada", explicam.

"Já Anderson fererira é conhecido só na RMR e ele tem o teto do eleitor evangélico. Além disto, Anderson vai ter que defender Bolsonaro. Não tem jeito. Enquanto (os socialistas) não tem como jogar Bolsonaro nas costas de Raquel Lyra"

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PRÉ-CANDIDATA Pai de Raquel Lyra foi vice de Eduardo Campos por oito anos; prefeita foi filiada ao PSB - DIVULGAÇÃO


"Com muito dinheiro, todo mundo é bom administrador"

Na semana passada, quando Miguel Coelho confirmou que seria o primeiro dos prefeitos de oposição a deixar a prefeitura de Petrolina para se candidatar, nos bastidores os aliados de Raquel Lyra não deixaram de fustigar o concorrente da oposição.

"Não surpreende, faz tempo ele vem atropelando o processo. Tele teve uma capitação gigantesca, de cerca de R$ 1 bilhão, antes do pai FBC romper com Bolsonaro, então precisa sair em campanha. Em três anos, Miguel Coelho teve quase um orçamento a mais. Como Caruaru, a cidade de Petrolina tem uma arrecadação de cerca de R$ 860 milhões por ano. Essa ajuda federal correspondeu a cerca de R$ 1 bilhão na frente dos demais. Caruaru só teve um contrato de R$ 82 milhões do Finisa (empréstimo do BB). Com muito dinheiro, todo mundo é bom administrador", avaliaram.

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