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Antonio Coelho quer audiência pública para apurar queda do teto no Hospital da Restauração

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Jamildo Melo

Publicado em 03/05/2022 às 19:18 | Atualizado em 03/05/2022 às 19:46
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Diante do incidente no Hospital da Restauração, na tarde de ontem, o deputado estadual Antonio Coelho defendeu, na manhã desta terça-feira (3), a realização de uma audiência pública para apurar os fatos. A proposta foi apresentada pelo líder da bancada de oposição durante reunião da Comissão de Administração Pública da Casa.

O parlamentar destacou a urgência de se debater e tratar a situação da saúde pública em Pernambuco.

"Apesar da relevância do assunto, a propositura do parlamentar foi derrotada pelos deputados governistas integrantes do colegiado; contou, apenas, com a posição favorável do deputado Romero Sales Filho, também integrante da bancada de oposição".

Embora o pedido tenha sido negado, o deputado Antonio Coelho disse que vai seguir defendendo a medida em outras comissões e no plenário da Casa.

Em defesa da realização audiência pública, o parlamentar disse que as cenas da queda de parte do teto no maior hospital público de Pernambuco em cima de pacientes, acompanhantes e equipe médica, "escancararam uma realidade sabida por todos". "As precárias condições estruturais e as péssimas condições de trabalho a que são submetidos os funcionários das unidades de saúde do estado".

“O incidente no Hospital da Restauração não pode ser normalizado e esquecido como tantos outros já foram. Esse incidente tem que servir como fator de mobilização para a melhoria da gestão do hospital. O sofrimento dos pacientes não pode continuar invisível”, destacou o deputado Antonio Coelho, para quem é imprescindível a apuração dos fatos e a responsabilização dos envolvidos", comentou.

O líder da oposição afirmou que a audiência pública é um espaço adequado de escuta, no qual, além de apontar os problemas, é possível debater junto com a sociedade soluções para as incessantes dificuldades e transtornos na rede de saúde pública estadual.

A suplementação orçamentária e a contratação de mais funcionários foram sugestões apresentadas pelo parlamentar, que também destacou a necessidade imprescindível e inadiável de melhoria e modernização da gestão na saúde pública pernambucana.

Miguel Coelho reforça criticas da rede de saúde

"Reflexo da omissão e descaso do governo estadual na gestão da saúde, a população do Agreste, Mata e Sertão sofrem com estruturas precárias e falta de atendimento, o que obriga o deslocamento de pacientes para hospitais em cidades vizinhas ou na capital. Com quase 1,8 milhão de habitantes, o Sertão tem apenas seis hospitais de referência, e a maioria das unidades possui estrutura física sucateada, superlotação, equipes sobrecarregadas e falta de insumos básicos e de equipamentos para exames e tratamentos".

O pré-candidato a governador Miguel Coelho defende a descentralização dos serviços de saúde e um novo modelo de gestão. Ele lembra que R$ 6 bilhões são gastos por ano com as Organizações Sociais (OS), mas o povo continua sem atendimento. “Infelizmente, o caos na saúde, a falta de humanização, não é só nos grandes hospitais do Recife. Isso se multiplica no Sertão, Agreste e Mata”, aponta Miguel.

"Pernambuco precisa de um novo modelo de gestão para que cenas como a queda do teto do Hospital da Restauração não se repitam. A queda do teto de um hospital desse porte é algo que nos envergonha nacionalmente, mas infelizmente é uma tragédia anunciada. Quantas matérias e vídeos já vimos sobre gente deitada nos corredores? Quantas vezes médicos, enfermeiros, técnicos e demais funcionários do HR, sob anonimato, já denunciaram o descaso com um dos principais equipamentos de saúde pública de Pernambuco?”, lembrou Miguel em nota sobre a queda do teto de uma ala do Hospital da Restauração.

 

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