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O que a visita de Lula ao Recife na quinta tem a ver com estaleiro de Suape?

Projetos estruturadores de Suape, como estaleiro, naufragaram. Lula visita Recife no mesmo dia que Justiça vende áreas internas do EAS para pagar dívidas

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Jamildo Melo

Publicado em 19/07/2022 às 17:44 | Atualizado em 19/07/2022 às 18:20
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O ex-presidente Lula estará em Pernambuco nesta quarta e quinta-feira, quando participa de atos públicos em Serra Talhada, Garanhuns e Recife.

Na capital, o evento acontecerá na quinta, 21, a partir das 17h no Classic Hall. Inicialmente, o ato estava agendado para a Praça do Carmo, mas precisou ser remanejado por causa da previsão de chuva.

Por uma destas ironias do destino, na quinta-feira, quando Lula estiver discursando mais uma vez no Estado, já terá sido realizado o leilão de áreas internas do Estaleiro Atlântico Sul, localizado em Suape.

Instalado no auge dos governo Lula, com Eduardo Campos ainda vivo, o estaleiro naufragou e hoje não produz mais navios, só faz reparos para sobreviver. Está sendo obrigado a vender parte das áreas ociosas para poder pagar dívidas bilionárias, em especial com o BNDES.

A Petrobras, a quem a produção de navios seria destinada, desistiu de um conjunto de compras e agora elas são atendidas pelos produtores internacionais. A China é um deles.

O navio-plataforma FPSO Almirante Barroso saiu no domingo (17/7) do estaleiro Cosco na China, o que marca o início de sua jornada rumo ao Brasil.

A plataforma fará testes de navegação por cinco dias em águas chinesas para, em seguida, realizar paradas em Singapura e Ilhas Maurício, onde irá abastecer e trocar a tripulação, até a sua chegada ao Brasil no estaleiro BrasFELs, em Angra dos Reis (RJ), em outubro, quando está prevista a realização da etapa final de comissionamento e testes de aceitação.

Da mesma forma que o estaleiro, a refinaria Abreu e Lima não foi concluída e a Petrobras tenta colocar a venda novamente, em um leilão previsto para agosto.

A montadora da Fiat, depois batizada de Jeep, único projeto daquela leva que vingou de fato, possivelmente por ser operado por grupos privados, onde a influência política passa longe, realizou nesta semana em Suape a maior operação de transbordo da história do porto.

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