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Após recado de Lula, PSB tira oxigênio de Molon no Rio de Janeiro

Ciente de que a candidatura de Molon atrapalhava o PT, Danilo Cabral havia defendido a saída do aliado da disputa no Rio de Janeiro

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Jamildo Melo

Publicado em 03/08/2022 às 22:34 | Atualizado em 03/08/2022 às 23:04
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Depois do recado claro de Lula ao PSB em Pernambuco, quando apareceu ao lado de um adversário de Danilo Cabral no Estado, o candidato do PSOL ao governo do Estado, Luiz Arnaldo, ex-companheiro de Marília Arraes nas eleições municipais de 2020, no Recife, o PSB tomou providencias concretas para afastar o deputado federal Alessandro Molon da disputa pelo Senado, no Rio de Janeiro.

No estado do Rio, a sigla descumpriu acordo com os petistas ao indicá-lo à Câmara Alta, a despeito de já ter garantida a candidatura de Marcelo Freixo ao Governo.

“A executiva nacional do PSB decidiu em reunião nesta quarta-feira que o deputado Alessandro Molon ficará sem recursos do fundo eleitoral para a sua candidatura ao Senado no Rio caso decida continuar na disputa. Caberá ao ex-governador Márcio França, tesoureiro do partido, comunicar a decisão.”, informou o partido, nesta noite de quarta-feira.

"O PSB fez uma aliança nacional com o PT. Os compromissos firmados devem ser cumpridos em todos os estados. No Rio de Janeiro, coube ao PSB indicar o candidato a governador, Marcelo Freixo. Cabe ao PT indicar o senador. Acordo é para ser cumprido!", posicionou-se Danilo Cabral, na semana passada.

O objetivo da fala era a manutenção do acordo PT-PSB, dai Danilo Cabral ter se posicionado pela retirada da candidatura de Alessandro Molon ao Senado no Rio de Janeiro.

Desde a semana passada já se sabia que Carlos Siqueira, presidente do PSB, já comunicou a Alessandro Molon a retirada da sua pré-candidatura. O presidente do PSB foi ao Rio de Janeiro nesta quarta-feira. Dessa forma, a vaga ao Senado ficará com André Ceciliano, atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio.

Danilo Cabral é vice-presidente nacional do PSB e pré-candidato ao Governo de Pernambuco. Nos bastidores, enxerga-se que a associação ao ex-presidente Lula (PT) é crucial para sua eleição. Ela só é possível, porém, por causa do acordo nacional entre seu partido e o PT.

O impasse no Rio de Janeiro havia sido um dos temas conversados no almoço entre Danilo, Siqueira e Lula durante a visita do ex-presidente a Pernambuco. Ele cumpriu agendas ao lado do aliado em Serra Talhada, Garanhuns e no Recife.

A passagem de Lula pelo Estado foi adiada diversas vezes e só aconteceu após a resolução em São Paulo. Lá, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) mediam forças para decidir quem seria o candidato ao Governo.

Com a vitória do petista, o ex-presidente decidiu visitar seu estado natal para apoiar Danilo Cabral. O temor do PSB é que um novo imbróglio entre as legendas possa prejudicar a relação entre os polos.

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