Crescimento de 1,3 milhão de emprego em seis meses já pressiona massa salarial no Sul e Centro Oeste
O Centro Oeste geraram mais empregos (157.925) que o Nordeste com 157.925 nos seus nove estados. Somente Goiás gerou 67.440 postos de trabalho.

Nos primeiros seis meses do ano, o Brasil gerou 1.300.044 novos empregos mantendo uma performance de crescimento que acontece desde o ano de 2020 quando após a pandemia a economia brasileira passou a gerar mais postos de trabalho com carteira assinada.
Vistos por semestre quando nos últimos quatro anos foram gerados 5.199.572 a média (1.299.893) é quase igual ao número 2024. Mas os primeiros seis meses do ano também revelam que é nas regiões mais desenvolvidas que está acontecendo um fenômeno de geração de novos postos de trabalho, o que acaba gerando uma pressão por melhores salários.
No Centro-Oeste
De janeiro a junho a taxa média positiva de criação em empregos no Sudeste foi de 2,85%, ou 662.152 empregos; na Região Sul (mesmo com a crise do Rio Grande do Sul que aparece em junho) ela foi de 2,93% com 244.053 postos de trabalho e no Centro Oeste a taxa cravou 3,89% com o Mato Grosso chegando a 4,54%e Goiás com 4,44%.
Somente Goiás gerou 67.440 postos de trabalho, enquanto o Mato Grosso chegou a 41.771 novos empregos. Ou seja, os quatro estados do Centro Oeste geraram mais empregos (157.925) que o Nordeste com 157.925 nos seus nove estados.
Tem mais: os salários médios nos estados do Centro Oeste (R$ 2.010,52, em Mato Grosso do Sul e R$ 2.096,91, em Mato Grosso) já são maiores que os de Minas Gerais (R$ 1.982,99) e, no Espírito Santo (R$ 1.959,51) e aproximam dos três estados da Região Sul quando se compra os últimos 12 meses. Isso revela que nessas regiões os números de empregos estão crescendo e, naturalmente, pressionando os salários nessas regiões.
Mais jovens
O problema dos números de junho é que ele repete o perfil dos demais meses com uma enorme concentração de contratações entre um salário e um salário mínimo e meio (161.263) quando os salários de dois mínimos (R$ 2.820,00) foram de apenas 9.484 e negativos em todos os níveis entre dois e 10 salários mínimos. Pessoas com ensino médio completo e com idades entre 18 a 24 anos, o que permite inferir que trata-se de pessoas contratadas pela primeira vez.
O dado mais interessante talvez seja o de que o Brasil já consegue ter 46.817.319 pessoas com carteira assinada num crescendo que nesse nível desde março último revelando um crescimento consistente o que se reflete no aumento da massa salarial paga aos contratados.
Setor de serviços
Mais uma vez, a abertura líquida de 201.705 vagas de trabalho com carteira assinada em junho no Caged foi puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 87.708 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 33.142 vagas. Já a indústria gerou 32.023 vagas em junho, enquanto houve um saldo de 27.129 contratações na agropecuária.
O que os números refletem é que nos estados onde a geração de emprego foi existe uma conexão do crescimento de empregos de suporte às atividades relacionadas ao agronegócio como serviços de comércio de máquinas e equipamentos e serviços de tecnologia da informação aplicada ao agronegócio além de construção civil.
Micro empresa
Esse crescimento é diferente no perfil do emprego em regiões como o Nordeste, por exemplo, onde a maioria dos empregos está em micro e pequena empresa do setor de serviços e de pequeno comércio num fenômeno identificado como empreendedorismo de necessidade.
Também mostram que os salários são menores, concentrando-se na faixa de um apenas um salário mínimo. No mês de junho Pernambuco registrou, mais uma vez, saldo positivo de empregos. Com 8.022 novas carteiras assinadas no mês, o Estado soma 17.508 postos de trabalho criados de janeiro a junho de 2024. O resultado foi puxado, principalmente, pelos setores de Serviços (com 3.920 novos postos).

Números do Perse
A Receita Federal identificou 2.239 empresas que indicaram usar o benefício fiscal do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) sem pedido de habilitação processado até o último dia 24. O Fisco diz ter alertado essas empresas sobre a necessidade de cumprirem o requisito, cujo prazo expira no próximo dia 2.
Segundo a Receita, o processamento indicou que 7.435 empresas já tiveram deferidos seus pedidos de habilitação para usufruírem do benefício fiscal. Outras 1.342 empresas que já solicitaram habilitação também receberam alerta na caixa postal. Destas, pouco mais de 70% já tiveram seu pedido indeferido, e o restante está com o pedido em análise.
O trabalho da Receita Federal é o que deveria ter sido feito desde o início do debate sobre o Perse. Mas o Ministério da Fazenda preferiu transformar o programa numa meta de aumento de arrecadação.

Brasil lança Plano Inteligência Artificial desconhecido dos ministérios
Tecnologia e Inovação
O presidente Lula da Silva foi nesta terça-feira (21) à abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) onde recebeu a proposta do primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (SBIA). O plano prevê a compra de um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo e investimento de até R$23 bilhões em quatro anos.
Segundo o secretário-geral da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), Sérgio Rezende esclareceu que essa nova máquina deverá funcionar no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, e operar em um modelo aberto a parcerias similar ao do Sirius, acelerador de partículas que é o laboratório mais moderno (e mais caro) do país, em Campinas.
O projeto anima o setor privado, mas tem uma coisa estranha no setor público. O plano será apresentado em uma reunião ministerial, que deve ocorrer em até duas semanas. O "formato jurídico" da formalização, por decreto ou projeto de lei, ainda será definido. Ou seja. O Governo lançou um plano que deve orientar o setor nos próximos 10 anos sem que os ministérios tenham conhecimento do que se trata.
Além disso, mesmo que tenha estimativa de R$23,03 bilhões de investimentos entre 2024 e 2028, os valores projetados são totais e ainda dependem de confirmação na programação orçamentária e financeira de cada ano. Felizmente a maior parte dos recursos, R$12,72 bilhões, é oriunda de créditos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e do BNDES.
Mas foi a oportunidade para o presidente Lula nos brindar com essa pérola: “Eu fico pensando: se essa coisa é tão boa, por que é artificial? Por que é artificial, se ela pode ser manipulada pela inteligência humana? No fundo, é a inteligência humana que pode aperfeiçoá-la, porque nada mais é do que a gente ter capacidade de fazer a coletânea de todos os dados”, disse. Incorporou Dilma Rousseff...
Sorvetes Frosty
A indústria de sorvetes Frosty, uma marca de gelados com sede em Fortaleza (CE) com 89 lojas, inaugurou sua 15ª loja em solo pernambucano, localizada no bairro de Candeias, em Recife. Presente em cinco estados nordestinos: Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Pernambuco e um portfólio que ultrapassa 200 produtos, abrangendo sorvetes, picolés, açaí, polpas de frutas, paletas e gelo para drinks a empresa programa chegar a 100 pontos em 2025.

Consumo de energia
Dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que acompanha em tempo real o comportamento do setor revelam que Brasil consumiu 71.317 megawatts médios de energia no primeiro semestre de 2024, volume 6,8% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento tem dois fatores principais: O impacto do calor, com o uso mais intenso de equipamentos de ar-condicionado nos dias mais quentes e a performance dos 15 ramos de atividade econômica monitorados. No ambiente regulado o consumo foi de 44.551 MW médios, enquanto no segmento foram 26.760 MW médios.
Mulher Heineken
Tendo como meta nacional de obter 50% de mulheres em posições de liderança até 2026, a Vice-Presidência de Vendas e Distribuição do Grupo Heineken chegou a 143 mulheres atuando nos cargos de liderança da área. Até o final deste ano, o objetivo é alcançar a marca de 35,5%.
Patrocinadores
Chegou a 14 o número de novos patrocinadores oficiais do Comitê Olímpico Internacional (COI), incluindo grandes nomes, como Airbnb, Coca-Cola e Samsung totalizando 34 parceiros. No balanço financeiro divulgado no final de 2023, o COB já havia arrecadado R$105,5 milhões em patrocínios, com a expectativa de que esse valor aumente no próximo balanço.
Somos Uôge
No próximo dia 19 de outubro, no Mirante do Paço, no Bairro do Recife, teremos a primeira edição do projeto Somos Uôge, um evento sobre ESG do Recife para inspirar mudanças comportamentais positivas entre os 600 participantes e stakeholders convidados. Promovida pela PRÓ Live Marketing o evento busca ampliar as discussões sobre sustentabilidade e responsabilidade social.

O país da soja
O levantamento anual de intenção de plantio da consultoria DATAGRO Grãos para a safra 2024/25 revela que a área de soja plantada do Brasil será de 46,890 milhões de hectares na temporada 2023/24 no 18º ano consecutivo de aumento. Se a produtividade for de 3.554 kg/ha a produção potencial será de 166,644 milhões de toneladas, 12% superior à revisada safra colhida neste ano.
Ressaca de destilados
O Brasil está deixando de beber destilados. Segundo o balanço da gigante Diageo, dona dos whiskies Johnnie Walker, da vodka Smirnoff, do gin Tanqueray e da cachaça Ypióca o país foi um dos que mais puxam os números para baixo, com retração de 18%. Em seu balanço global, a companhia mostrou que, após três anos seguidos de expansão, as vendas andam praticamente estagnadas, marcas de puro malte seguida do aumento consumo de vinhos.
Cachaça em lata
Mas segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), a cachaça é a quarta bebida em lata mais vendida no país, atrás apenas de cerveja, refrigerante e energético, e vem crescendo ao longo dos anos, com uma alta de 44% nas vendas de cachaça em lata no Brasil na última década.