Dia das Mães: filhos se inspiram na vida pessoal e profissional
Conheça histórias de mães e filhos que seguem juntos a mesma carreira
Neste domingo (12), celebrando o Dia das Mães, o JC traz cinco histórias de mães e filhos que se inspiraram e escolheram seguir a mesma carreira. Seja no entretenimento, na gastronomia ou no empreendedorismo, a admiração transbordou os laços familiares e alcançou o ramo profissional.
Com ancestralidade e empreendedorismo no sangue, Miqueline Batista ficou conhecida como “a famosinha das tranças”, no bairro de Brasília Teimosa, pela habilidade com penteados afros. As tranças simbolizam, além de história e representatividade negra, a transformação de vida e carreira profissional da pernambucana.
Passado de geração para geração, Miqueline divide o amor em fazer tranças com a família. “Aprendi a técnica com minha mãe, que aprendeu com minha avó, e hoje me orgulho de ensinar para minhas filhas, Melyna, de 13 anos, e Jasmyn, de 8”, relata. Com amor, garra e vontade de fazer dar certo, Miqueline conta que a mãe e a avó faziam as tranças como renda extra em períodos festivos, mas ela utilizou o método como principal fonte de renda.
Miqueline é uma das empreendedoras que atua na ExpoPreta, promovida no RioMar Recife pelo Instituto João Carlos Paes Mendonça de Compromisso Social, onde ela teve a oportunidade de participar de cursos de capacitação.
Na saúde
Para Norma Maranhão, médica radiologista, seguir os passos do pai foi um bom caminho, pois, além de se inspirar, ela também se apaixonou pela área. “Costumo dizer que sou radiologista desde pequenininha, influenciada pelo meu pai, que sempre será minha referência e deixou esse legado”, afirma.
No entanto, Norma não esperava que seu amor pela área também iria influenciar seus dois filhos, Beatriz Maranhão e Marcos Miranda Filho, ambos atuando na mesma especialidade. “Minha escolha pela medicina foi quase por osmose, porém, sem dúvida, minha mãe sempre foi e é uma grande inspiração de trajetória profissional, baseada na dedicação, ciência e ética”, compartilha Marcos.
Já Beatriz explica que desde muito jovem conheceu diversos ambientes médicos, mas foi na mãe que surgiu a admiração pela subespecialidade. “Ver o impacto positivo que ela teve na vida das pacientes, seu compromisso com a saúde e sua habilidade em salvar vidas através do diagnóstico precoce do câncer de mama foram motivadores para eu seguir seus passos”, relata a médica. Para Norma, a escolha dos filhos de seguir os seus passos, assim como o de seu pai, é emocionante. "É um privilégio ver meus dois filhos continuando este legado".
Na paixão pelo entretenimento
Maria do Céu e Victor Hugo Bione, mãe e filho, trabalham juntos no ramo de entretenimento e festas. Além da rotina profissional. Maria começou sua carreira em 1994, com a casa noturna Doktor Froid. “Já são 30 anos com várias fases de festa noturna transformando o comportamento da cidade. Em todos os empreendimentos que tive, enxerguei a noite como local de empregabilidade, fomento à cultura e possibilidades econômicas”, relata a empresária.
Victor foi incentivado pela mãe, que acompanhou seus passos como produtor de eventos, e hoje é o responsável pelo Club Metrópole. “Pude ir acompanhando a rotina dela de criação dentro do clube e sempre me identifiquei muito, adoro criar e produzir e ela faz isso melhor que ninguém”, relata Victor. “Sou absolutamente feliz na minha profissão e devo muito a minha mãe que enxergou esse potencial em mim. Colocamos toda nossa criatividade juntos pra funcionar, criamos, inovamos e assim vamos construindo essa história”, complementa.
Na gastronomia
De menu completo Tânia e Beatriz Konrad, mãe e filha, entendem bem, pois as duas são empresárias no ramo de restaurantes. Tânia explica que começou sua carreira desde muito cedo, influenciada pela família que atua no ramo há 40 anos. “Meus pais sempre tiveram restaurantes e eu com minhas irmãs participamos, passamos por todos os setores até adquirirmos experiências para termos nossos próprios restaurantes”, explica.
Já Beatriz, sua filha, cursou administração, design de interiores, até optar por seguir o ramo gastronômico. Mãe e filha começaram trabalhando no mesmo grupo, mas administrando restaurantes diferentes, até que, em 2017, elas se juntaram para assumir a direção do Famiglia Giuliano e estão nesse desafio até hoje. “É muito prazeroso e gratificante poder dividir minhas experiências com ela e também aprender”, relata Tânia.
Na sobremesa
O ambiente da cozinha traz um lar afetuoso que permeia várias famílias. Uma delas foi a Cascão. Lúcia Cascão conviveu em meio às tradições culinárias da sua bisavó portuguesa, que passaram por gerações. A sua avó e também sua mãe, Marly, seguiram o mesmo caminho e serviram de inspiração para Lúcia seguir este ramo e abrir uma doceria.
Marly viu no seu talento com doces uma fonte de renda. Quando as demandas foram crescendo, Lúcia ajudou a mãe, e juntas, deram um novo impulso ao negócio, que vem dando certo até hoje. “Nossa família já está na quinta geração fazendo doces e bolos. A vida inteira eu vi minha mãe trabalhando, minha avó, e ver o amor e o carinho que elas sempre trabalharam foi minha inspiração”, afirma.