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Metro Quadrado

Abrainc critica alta dos juros e cobra do governo responsabilidade fiscal

Construção também e afetada pelo aumento da taxa básica de juros, com financiamentos mais caros e impacto direto na perspectiva de investimentos

Publicado em 19/03/2025 às 20:14 | Atualizado em 19/03/2025 às 20:15
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A Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) considera que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar novamente a taxa Selic em 1 ponto percentual, nesta quarta-feira (19), para 14,25%, intensifica os desafios enfrentados pela economia brasileira.

"Os juros elevados restringem o acesso ao crédito, dificultam investimentos e ampliam as despesas financeiras de famílias e empresas, com efeitos profundos em diversos setores produtivos do país. A ABRAINC entende, porém, que a medida tem sido necessária para reduzir a pressão inflacionária, mas, reforça que o governo precisa construir um caminho estrutural para que a taxa Selic seja reduzida de forma perene nos próximos anos. Para isso, é muito importante que haja responsabilidade fiscal e maior controle do gasto público", diz a associação em nota.

A Abrainc reforça ainda que o Brasil já ultrapassou a Argentina e passou a ocupar, desde fevereiro deste ano, a primeira colocação no ranking mundial de juros reais do mundo.

"Esses desafios são particularmente evidentes no impacto sobre as empresas, que enfrentam crescentes dificuldades para manterem sua sustentabilidade financeira. Ao longo de 2024, os pedidos de recuperação judicial tiveram um aumento de 61,8% em relação a 2023, com 2,2 mil pedidos, segundo a Serasa Experian, o maior desde o início da série histórica, em 2014".

"Precisamos de juros menores para criarmos um cenário mais favorável aos investimentos, condição fundamental para ampliarmos ainda mais a geração de emprego e renda aos brasileiros", complementa. 

JUROS IMOBILIÁRIOS 

No mercado imobiliário, a?variação de 1 ponto percentual na taxa Selic leva a uma variação em média de 0,43 ponto percentual na taxa de financiamento em aproximadamente 6 meses, segundo levantamento da Rico. 

Ainda assim, diante do ciclo de altas já iniciado ainda me 2024, espera-se podemos maiores taxas de financiamento de maneira mais relevante aproximadamente em meados de 2026 – considerando a possibilidade de Selic estável em 15,5% ao ano no segundo semestre de 2025.

 

 


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