DESCANSO

Cadela que atuou em resgates no desastre de Brumadinho se aposenta do Corpo de Bombeiros

Aposentadoria da labrador Sarah foi celebrada nessa quinta-feira (5)

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Katarina Moraes

Publicado em 06/08/2021 às 18:41 | Atualizado em 06/08/2021 às 18:41
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Sarah, uma Labrador Retriever, se aposentou após cinco anos de trabalhos no Corpo de Bombeiros de São Paulo. A super heroína canina, que participou de diversos resgates, incluindo o deslizamento da barreira de Brumadinho e o desabamento do prédio no Largo do Paissandu, em São Paulo, foi adotada pelo seu treinador, o cabo Gerson Ferreira. Uma cerimônia promovida pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) em parceria com a Royal Canin celebrou o feito nessa quinta-feira (5).

"A Sarah é uma parceira de vida e esteve ao meu lado nos momentos mais importantes da minha carreira. Trabalhamos juntos em praticamente todas as ações de salvamento desde 2015. Proporcionar uma vida tranquila para ela é o mínimo que posso fazer", afirma o cabo.

Para Fernando Pecoraro, Médico-Veterinário e especialista em autarquias, "a parceria entre os cães e os homens faz parte da história da humanidade, por isso, é muito importante que o vínculo entre o tutor e o cão seja mantido para receber todo o carinho durante o merecido descanso".

Faz parte do rol de raças utilizadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo o Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois, Rottweiler, Doberman, Bloodhound, Golden Retriever, Labrador Retriever, Beagle e Springer Spaniel Inglês. Algumas raças são treinadas para trabalhos específicos, mas dentre essas as mais utilizadas são o Pastor Belga Malinois e o Pastor Alemão, devido a versatilidade, resistência física e aptidão para o trabalho policial.

 

 

Como é o trabalho de um cão bombeiro?

Apesar de parecer uma rotina exaustiva, os cães que atuam em missões de busca e salvamento são treinados e preparados para lidar com esse tipo de situação. Quando pequenos, já participam de atividades e brincadeiras que estimulam o desenvolvimento de algumas habilidades, como faro e força. Com o passar do tempo, os exercícios se tornam mais complexos, visando a adaptação dos animais para os mais diversos cenários, de forma a não estranharem no momento da missão.

Normalmente, a primeira certificação para o cão atuar em missões surge em até dois anos e, a partir daí, com novos treinamentos, ele pode obter outras certificações, de acordo com suas especializações.

A Confederação Brasileira de Cinofilia - CBKC incentiva as boas práticas da criação de cães de raça. "É assim que habilidades fantásticas como as desses cães de busca e salvamento, entre outras, são preservadas. A parceria entre cães e homens é fantástica em vários sentidos e o trabalho social desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo, e de outros Estados, evidencia a importância dessa atividade", resume Fábio Amorim, Presidente da CBKC.

Ao estudar e preservar as características individuais das raças, "é possível entender melhor o animal e seu relacionamento com o homem, como, também, conhecer qual a raça que está apta a realizar serviços como este e outros, como a função de cão-guia de deficientes visuais, farejador e até mesmo no auxílio do tratamento de crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista, de Companhia, segurança, detecção de artefatos explosivos e drogas, até mesmo monitoramento da saúde, entre vários outros", disse Fábio.

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