Animais podem ajudar no tratamento da depressão: conheça a ‘pet-terapia’
A técnica chegou ao Brasil em 1990 e os cachorros são os mais utilizados nesse processo
A importância dos cuidados psicológicos está ganhando cada vez mais destaque nos debates universais sobre saúde. Com isso, surgem diversas novas práticas que podem auxiliar na melhora de problemas como depressão, ansiedade e até mesmo distúrbios mais sérios como esquizofrenia e psicose.
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Dentre os tratamentos, um em especial usa a ajuda dos “terapeutas de quatro patas” no processo de desenvolvimento psíquico dos pacientes. A Terapia Assistida por Animais (TAA), também conhecida como “pet-terapia” ou "zooterapia", chegou ao Brasil em 1990, com objetivo de ajudar no tratamento de doenças e deficiências mentais e motoras.
Os avanços terapêuticos acontecem graças ao laço formado entre tutor e pet, criando uma reação nos neurotransmissores relacionados ao bem estar, aumentando os níveis de serotonina e dopamina, que são responsáveis pela alegria.
Para ser um pet de suporte emocional é preciso seguir alguns requisitos. Os cães e gatos são normalmente os mais usados, mas, experiências com cavalos, coelhos, chinchilas, peixes, tartarugas e até mesmo cobras e lagartos já se demonstraram bem sucedidas.
Os animais precisam passar por um exame clínico para identificar possíveis zoonoses e problemas dermatológicos ou ortopédicos. Um exame laboratorial também é feito e pode incluir estudo parasitológico das fezes e hemograma. Além disso, análises comportamentais também avaliam o temperamento do pet.
Os favoritos para esse processo são os Labradores e Golden Retrievers, devido a característica dócil da raça e alta capacidade de treinabilidade.
Esses animais representam extrema importância no tratamento psicológico sem uso de medicamentos, evitando a dependência química de muitos pacientes. De acordo com dados atuais da Organização Mundial da Saúde (OMS), só no Brasil existem aproximadamente 11,5 milhões de pessoas com depressão e um pet de apoio emocional pode garantir uma melhora significativa do quadro de saúde de todos esses brasileiros.
Porém, a legislação do Brasil ainda não elaborou leis específicas para esse tipo de pet, por isso, ainda é difícil que médicos recomendem essa prática para seus pacientes.