A destruição por vândalos das torcidas organizadas de cinco módulos de vidro de três paradas de ônibus da Nova Avenida Conde da Boa Vista, eixo do transporte público de toda a Região Metropolitana do Recife, vai custar R$ 3 mil. A informação foi repassada pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). Embora o valor seja relativamente baixo, a quantia será gasta para recuperar um equipamento novo, recém reformado com o seu, o meu, o nosso dinheiro, no valor de R$ 15 milhões.
Por sorte, todo o corredor tem um contrato de adoção que irá absorver esse custo. Pelo menos dessa vez. Em troca, a empresa que firmou a parceria com a Prefeitura do Recife explora os espaços publicitários ao longo da avenida. “É muito triste e revoltante ver o que fizeram com os equipamentos. Nós trabalhamos tanto, nos arriscamos em plena pandemia para tocar a obra, finalizar os trabalhos para ver tamanho vandalismo”, desabafa a presidente da Emlurb, Marília Dantas.
CÂMERASEmbora o Código Penal seja extremamente brando em relação à depredação do patrimônio público - prevê pena de detenção de seis meses, ou seja, algo que se reverte nas chamadas penas alternativas -, a identificação e punição dos vândalos que depredaram a Conde da Boa Vista está mais fácil porque o corredor agora é monitorado 24 horas.
São 17 câmeras entre a Rua da Aurora e a Rua Dom Bosco. Os equipamentos são monitorados pela central da Guarda Municipal do Recife e têm conexão com a Secretaria de Defesa Social (SDS). Além dessas câmeras, há outros equipamentos de monitoramento do tráfego geridas pela CTTU e câmeras exclusivas da SDS. Ou seja, está mais fácil punir os vândalos.