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PM suspeito de atropelamento coletivo que matou uma pessoa na Zona Oeste do Recife segue sob custódia

Testemunhas garantem que o condutor estava com sinais de embriaguez e conduzindo o veículo em alta velocidade, mas Polícia Civil o autuou por homicídio culposo (sem intenção)

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Roberta Soares

Publicado em 14/11/2021 às 13:54
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O policial militar de 36 anos que teria promovido um atropelamento coletivo na noite de sexta-feira (12/11), na Iputinga, Zona Oeste do Recife, segue preso sob custódia no Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. O PM recebeu alta de um hospital particular para onde foi levado com ferimentos leves, segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).

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Atropelamento coletivo aconteceu na noite da sexta-feira (12/11), na Iputinga, Zona Oeste do Recife. Vítimas estavam sentadas na calçada de uma lanchonete - DAY SANTOS/JC IMAGEM

O PM não teve a identidade revelada e foi preso em flagrante pela Central de Plantões da Capital (Ceplanc) após o sinistro de trânsito (não é mais acidente de trânsito. Entenda a razão). Por volta das 22h30, cinco pessoas que estavam sentadas na calçada de uma lanchonete localizada na Rua Bom Pastor, na Iputinga, foram surpreendidas pelo Toyota Corolla conduzido pelo policial. Pelo menos duas delas ficaram presas contra a parede e um sargento reformado da PM, de 56 anos, terminou falecendo no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife. As outras vítimas foram atendidas na UPA da Caxangá e passam bem.

SEM ALCOOLEMIA

O PM está sob custódia porque vai responder disciplinarmente pelo fato. "A PM vai instaurar procedimento interno para apurar as circunstâncias em que se deu o fato porque envolve um policial militar da Corporação", informa a nota oficial da PM. Testemunhas foram categóricas em afirmar que o condutor do veículo estava com claros sinais de embriaguez ao volante. Mas, por enquanto, o PM que teria provocado o atropelamento foi autuado em flagrante por homicídio culposo de trânsito (sem intenção) e acidente de trânsito com vítima não fatal. Nenhum teste de alcoolemia para comprovar a suposta embriaguez ao volante teria sido realizado no condutor.

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Após o atropelamento coletivo, o PM tentou fugir do local, mas foi agredido pelas pessoas que presenciaram o crime. Uma mulher estava no banco do passageiro e também foi agredida, segundo a polícia. Passou mal e precisou ser atendida numa unidade de saúde particular. Os dois foram conduzidos à Ceplanc.

CONFIRA A VIOLÊNCIA DO ATROPELAMENTO

 

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