O trânsito segue fazendo mais e mais vítimas no Brasil e nem mesmo a pandemia de covid-19, que deixou muita gente em casa, foi suficiente para reduzir o estrago. Pelo menos é o que aponta o DataSUS. O número de pessoas internadas na rede pública de saúde com lesões causadas por sinistros de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se diz. Entenda) bateu recorde em 2021.
Dados do Ministério da Saúde indicaram que foram, em média, 642 internamentos por dia. Dez anos atrás, esse total era 34% menor. Em 2011, a média diária era de 480 internações. Em 2020, também não foi diferente, mostrando que as medidas de distanciamento social exigidas pela pandemia não conseguiram impedir o aumento da violência no trânsito.
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Trânsito brasileiro mata demais, mutila e custa muito caro
Não é mais acidente de trânsito. Agora, a definição é outra nas ruas, avenidas e estradas do Brasil
Quando o recorte é feito a partir dos dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o País registrou, em 2020, 188 mil internações de pessoas envolvidas nesse tipo de sinistro/acidente. Já em 2021, o número aumentou 24%, indo para 234 mil.
CUSTO ALTO DO TRÂNSITO
De acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), somente no ano passado, o Brasil gastou mais de R$ 108 milhões com internações relacionadas a essa ocorrência. Essas internações, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), representam 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País por ano, o equivalente a R$ 220 bilhões, com sinistros de trânsito.
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