TRANSPORTE POR APLICATIVO

UBER defende pagamento de taxa mínima para motoristas. Entenda

Uber apresentou proposta de reforma trabalhista defendendo direitos para os parceiros

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 08/06/2023 às 14:12 | Atualizado em 09/06/2023 às 18:48
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O ponto principal da reforma trabalhista proposta pela Uber é a implementação de uma taxa mínima de ganhos para os trabalhadores temporários - FOTO: Priscilla Du Preez/Unsplash

A Uber apresentou uma proposta de reforma trabalhista para os motoristas parceiros que envolve o pagamento de ganhos mínimos nas corridas, uma espécie de salário mínimo. A proposta foi apresentada ao governo da Austrália, nesta quarta-feira (7/6), mas deve ser vista como uma tendência de flexibilização e adequação da gigante da mobilidade às discussões sobre as regras trabalhistas que estão acontecendo no Brasil.

O ponto principal da reforma trabalhista proposta pela Uber é a implementação de uma taxa mínima de ganhos para os trabalhadores temporários. A quantia asseguraria que os profissionais não recebam um valor inferior a um determinado patamar durante suas atividades. Valores da taxa e do patamar mínimo, entretanto, não foram informados

A plataforma também propõe manter o preço dinâmico para permitir que os trabalhadores tenham a possibilidade de receber valores acima da taxa mínima, dependendo do horário do dia e da localização em que estiverem trabalhando.

SEGURO OBRIGATÓRIO PARA OS MOTORISTAS PARCEIROS

Outro ponto importante mencionado na proposta é a exigência de seguro pessoal obrigatório financiado pela plataforma para proteger os profissionais no caso de sinistros de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se define. Entenda) durante as atividades.

A proposta também sugere estabelecer um conjunto consistente de padrões entre as plataformas sobre a perda de acesso à plataforma pelos trabalhadores. Isso incluiria a criação de um mecanismo de apelação para os contratantes de serviços.

E, ainda, a implementação de uma declaração mensal de ganhos. Segundo a Uber, o objetivo é que os trabalhadores temporários tenham uma compreensão clara de seus direitos e de quanto estão ganhando em suas atividades. Mas a contribuição previdenciária não foi citada.

A proposta foi enviada ao Departamento de Emprego e Relações de Trabalho da Austrália. Por nota, a Uber afirmou que há muito tempo apoia uma reforma sensata que aprimore os benefícios e as proteções oferecidos aos trabalhadores temporários, ao mesmo tempo em que preserva a flexibilidade que eles valorizam.

“Acreditamos que a reforma pode fornecer certeza e transparência aos trabalhadores na forma de uma rede de segurança universal de direitos que se aplica a todos os trabalhadores temporários e é fácil de entender”, disse.

DESTAQUE PARA A FORÇA ECONÔMICA DA UBER

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O ponto principal da reforma trabalhista proposta pela Uber é a implementação de uma taxa mínima de ganhos para os trabalhadores temporários - Priscilla Du Preez/Unsplash

A Uber, entretanto, não deixou de destacar o tamanho que tem na Austrália e, assim, fortalecer o papel econômico que desempenha no País - a mesma estratégia que será usada, com certeza, na reforma trabalhista no Brasil.

O Uber e o Uber Eats contribuíram para um valor econômico estimado em US$ 10,4 bilhões e gerando um excedente do consumidor de US$ 6,6 bilhões em 2021, o que representa aproximadamente 0,35% do PIB australiano.

A empresa também ressaltou que mais de 150.000 australianos utilizam a plataforma mensalmente para obter uma renda adicional, e no ano de 2022, os motoristas e entregadores receberam um total de US$ 3,8 bilhões em pagamentos.

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