GREVE DO METRÔ

GREVE METRÔ SP: METRÔ cobra R$ 7,1 milhões de Sindicato dos Metroviários por GREVE

O Sindicato dos Metroviários afirma o que causa prejuízo para a sociedade são os contratos de concessão que permitem a retirada de dinheiro público das empresas públicas de metrô e trem para serem entregues às empresas privadas

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Roberta Soares

Publicado em 19/10/2023 às 11:41 | Atualizado em 19/10/2023 às 12:55
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O Metrô de São Paulo - leia-se o governo do Estado de São Paulo - ingressou com ação na Justiça contra o Sindicato dos Metroviários pedindo que a entidade seja condenada a pagar R$ 7,1 milhões por danos materiais causados em função da greve realizada no último dia 3. Além disso, o Metrô pede indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado pelo juiz.

O valor dos danos materiais pedido (R$ 7.129.589,31) corresponde ao que o Metrô deixou de arrecadar naquele dia, afirma a companhia. Já a indenização por danos morais se refere ao prejuízo à imagem da empresa supostamente causado pela paralisação.

O Metrô classifica a greve como ilegal porque o sindicato descumpriu ordem judicial que determinava que todo o efetivo trabalhasse durante os horários de pico e 80% dos funcionários atuassem nos demais períodos.

GREVE FOI REALIZADA CONTRA O PLANO DE PRIVATIZAÇÕES DO METRÔ E DA CPTM

A greve conjunta de 24 horas contra privatizações convocada pelos sindicatos de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afetou mais de 3 milhões de pessoas direta ou indiretamente na Grande São Paulo - só as linhas do metrô paralisadas têm média diária de 2,7 milhões de atendidos.

AÇÃO SEMELHANTE PELA GREVE DE 2021

Em nota, o Metrô afirma que outra ação, com teor semelhante, no montante de R$ 3.846.158,25, está em tramitação e já possui perícia favorável para indenização ao Metrô, por greve realizada em 2021. A nota afirma ainda que "essas ações vão ao encontro da diretriz do Metrô de buscar todas as alternativas, amparadas na lei e no respeito ao Poder Judiciário, visando manter a regularidade do serviço de transporte".

Em nota, a direção do Sindicato dos Metroviários afirma que ainda não foi citada e que soube da ação pela imprensa. A entidade classifica a ação do Metrô como "antissindical" e prática de má fé, "pois já há o processo na Justiça trabalhista, a esfera competente que julga as greves".

O sindicato afirma ainda que "o que causa prejuízo para a sociedade são os contratos de concessão que permitem a retirada de dinheiro público das empresas públicas de metrô e trem para serem entregues às empresas privadas". O sindicato tem o prazo de 30 dias para apresentar sua defesa, contados a partir da notificação da Justiça.

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