MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

Ciclistas se preocupam mais com o bem comum do que motoristas, diz estudo de universidade alemã

O objetivo era explorar a relação entre o ciclismo e a condução em ambientes urbanos e a disposição para o "bem comum"

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Roberta Soares

Publicado em 13/11/2023 às 15:33 | Atualizado em 13/11/2023 às 15:41
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Uma pesquisa liderada pela Faculdade de Psicologia da FernUniversität, em Hagen, na Alemanha, revelou que os ciclistas são mais cuidadosos do que os motoristas e se preocupam mais com a sustentabilidade e o bem estar coletivo nas cidades.

O estudo “Orientação para o bem comum nas cidades: O papel do comportamento individual de mobilidade urbana” foi publicado na edição de novembro deste ano do Journal of Environmental Psychology. E teve como base em entrevistas feitas com a população alemã entre 2014 e 2019.

O objetivo era explorar a relação entre o ciclismo e a condução em ambientes urbanos e a disposição para o “bem comum” – explicado no estudo como um conceito ligado à coesão social que tem sido objeto de maior atenção nos últimos anos, especialmente com o surgimento da covid-19.

No estudo, a orientação para o bem comum foi classificada de acordo com quatro medidas distintas: “participação política, participação social em organizações, solidariedade de vizinhança e ajuda de vizinhança”.

CONFIRA o estudo na íntegra AQUI

CICLISTAS E PEDESTRES MAIS ATENTOS ÀS CIDADES

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A pesquisa sugeriu, ainda, que quando as pessoas têm a oportunidade de falar umas com as outras na vizinhança e de perceber as boas mudanças na comunidade, isso pode afetar positivamente na orientação individual para o bem comum - Renato Ramos/JC Imagem

E os ciclistas foram os únicos que tiveram resultados positivos nas quatro avaliações. “O ciclismo foi a única variável com um prognóstico positivo significativo para todas as quatro facetas da orientação para o bem comum. Devido ao design dos carros, as interações que os motoristas e passageiros dos automóveis têm com seu ambiente direto são significativamente reduzidas”, afirmaram os autores do estudo.

A pesquisa sugeriu, ainda, que quando as pessoas têm a oportunidade de falar umas com as outras na vizinhança e de perceber as boas mudanças na comunidade, isso pode afetar positivamente na orientação individual para o bem comum.

“O comportamento de mobilidade das pessoas pode aumentar estas oportunidades de forma que as pessoas que caminham ou andam de bicicleta pela vizinhança tenham mais oportunidades de se encontrarem, conversarem e interagirem com o seu ambiente. Isto pode aumentar a sua experiência de orientação para o bem comum”, conclui o estudo.

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