TRANSPORTE PÚBLICO

GREVE METRÔ E TREM SP: governo decreta ponto facultativo por ameaça de greve de trem e metrô

Os servidores protestam contra os projetos de privatização de serviços públicos em andamento (metrô e CPTM), liderados pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos)

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Roberta Soares

Publicado em 27/11/2023 às 14:59 | Atualizado em 27/11/2023 às 15:00
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Com informações das Agências Brasil e Estado

Na tentativa de minimizar os efeitos da greve de um dia do metrô e trens metropolitanos, o governo de São Paulo decretou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais nesta terça-feira (28/11). O movimento envolve diversos servidores estaduais, incluindo metroviários, ferroviários, trabalhadores da Sabesp e professores. A medida será publicada no Diário Oficial do Estado.

No transporte público, os servidores protestam contra os projetos de privatização de serviços públicos em andamento (metrô e CPTM), liderados pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governo fez um pedido na Justiça para garantir a operação da CPTM e do metrô. O pedido obriga a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

"A medida visa reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve", diz nota do governo. O texto destaca que mesmo com a greve, as linhas concedidas do metrô e trens, como as Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, vão funcionar normalmente.

Na última greve, Tarcísio destacou as linhas como um exemplo dos benefícios da privatização. No entanto, a linha 9-Esmeralda, citada pelo governador, apresentou uma série de falhas no dia da greve. O fato municiou a oposição no discurso contra a privatização tanto do transporte público, quanto do serviço de saneamento.

OPERAÇÃO DE TRANSPORTE GARANTIDA PELA JUSTIÇA

CPTM/Reprodução
Governo do Estado já acionou a Justiça para garantir a operação mínima do metrô e dos trens - CPTM/Reprodução

Por determinação da Justiça, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena diária de R$ 30 mil ao sindicato. O governo também protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça contra a paralisação dos metroviários. O pedido do Metrô, que ainda aguarda decisão final do Judiciário, obriga a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

A suspensão do expediente vale para todos os serviços públicos estaduais da capital, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato.

O governo também decidiu adiar o Provão Paulista, que começaria a aplicação dos exames nesta terça-feira. Os 1,2 milhão de estudantes inscritos farão as provas a partir do dia 29. “Os profissionais da educação estão excepcionalmente excluídos do ponto facultativo, já que estarão envolvidos na preparação do Provão que ocorre dia 29”, diz o comunicado.

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