CICLOVIA: prometida por mais de seis anos, Ciclovia Agamenon Magalhães é concluída pela Prefeitura do Recife
Ciclovia atravessa o Complexo Viário da Joana Bezerra, que inclui o Viaduto Capitão Temudo e a Ponte João Paulo II, maior mérito do novo equipamento por ser uma rota usada por muitos trabalhadores
Ela já vinha sendo usada pelo menos desde o meio do ano, mesmo enquanto as obras de construção avançavam, mas neste domingo (10/12), a Ciclovia Agamenon Magalhães foi entregue oficialmente pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB). O equipamento tem quatro quilômetros e representa uma importante ligação ciclável das Zonas Norte e Sul da capital.
A nova ciclovia já beneficia e vai beneficiar muita gente que pedala em todo o Grande Recife por ter sido construída num importante corredor viário da cidade - a Avenida Agamenon Magalhães - e por deixar o ciclista no Pina, na entrada da Zona Sul da capital, pólo de emprego e comércio e para onde muito trabalhador se dirige de bicicleta.
O equipamento é, agora, a principal conexão entre bairros centrais do Recife e a Zona Sul, sendo alimentada diretamente por outras rotas cicláveis da cidade, como a Ciclovia Graça Araújo (que liga ao Bairro do Recife), e ciclofaixas da Zona Norte da capital.
A nova ciclovia representou um investimento de R$ 7,8 milhões, que incluiu, ainda, a requalificação da rede de drenagem, que recebeu 650 metros de tubos para a coleta de água das chuvas, evitando pontos de alagamento, segundo a prefeitura.
CICLOVIA CORTA O VIADUTO CAPITÃO TEMUDO - PRINCIPAL MÉRITO DO EQUIPAMENTO
A Ciclovia Agamenon Magalhães é esperada pela população há pelo menos seis anos, quando foi prometida pela primeira vez na gestão do ex-prefeito Geraldo Julio, também do PSB. O início das obras foi anunciado em março de 2022, mas só começou mesmo entre setembro e outubro de 2022, com a primeira previsão de entrega para junho.
Mesmo com um atraso de seis meses, a importância do equipamento para estimular a mobilidade ativa e o uso da bike como transporte é indiscutível. Isso porque, além de ser implantada na Agamenon Magalhães, a ciclovia atravessa o Complexo Viário da Joana Bezerra, que inclui o Viaduto Capitão Temudo e a Ponte José de Barros Lima (mais conhecida como Ponte João Paulo II), maior mérito do novo equipamento por ser uma rota usada por muitos trabalhadores.
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E, o que é mais importante, com proteção para o ciclista. A nova rota é totalmente segregada do tráfego de veículos nos quatro quilômetros. Há trechos de vulnerabilidade para o ciclista nas travessias, mas com atenção, quem pedala consegue fazer o trajeto com segurança.
Os pontos mais vulneráveis são:
Conexão de subida e descida da Agamenon Magalhães com a Ponte João Paulo II (ponte que antecede o Viaduto Capitão Temudo), próximo ao Hospital Português
Descida e subida do Capitão Temudo na altura do Coque, na Ilha Joana Bezerra (lado oposto ao Fórum do Recife)
Travessia no trecho do Viaduto Capitão Temudo na altura do acesso à Rua Imperial
Travessia na subida da Ponte Paulo Guerra, na entrada do bairro do Pina, a partir da descida da ciclovia na Rua Saturnino de Brito (altura da Compesa)
CONHEÇA O PROJETO DA CICLOVIA AGAMENON MAGALHÃES
A Ciclovia Agamenon Magalhães conectará a Rua Dr. Leopoldo Lins, na Boa Vista, área central da cidade, à Ponte Paulo Guerra, no Pina, Zona Sul da capital, com o mérito de passar pelo Complexo Viário Joana Bezerra.
A ciclovia foi construída nos dois lados do canteiro central da Agamenon, sendo unidirecional (sentido único) nesse trecho. Mas no Complexo Viário Joana Bezerra o equipamento vira bidirecional (sentido duplo).
Nos dois sentidos do equipamento na Agamenon haverá o compartilhamento com o pedestre, indicado pela pigmentação do pavimento: vermelho para a ciclovia e cinza para o pedestre. O mesmo vale para o trecho do Complexo Viário Joana Bezerra.
A nova ciclovia tem 2,40 metros de largura em cada sentido da Agamenon Magalhães (sendo 1,5 metro de ciclovia e 0,90 centímetros para o pedestre), com guias de proteção entre as faixas de tráfego dos veículos e o espaço destinado às bicicletas. Nos cruzamentos, serão instalados gradis para a divisão da circulação com os pedestres.
No Complexo Viário Joana Bezerra, a ciclovia terá de 2,30 metros a 2,50 metros. Chegará até o Pina, pela Ponte Paulo Guerra, fazendo conexão com a ciclovia da Via Mangue.
Irá, precisamente, até a Rua Saturnino de Brito, na Cabanga (na cabeceira da Ponte Paulo Guerra, que entra no Pina). Nesse trecho de dois quilômetros, a ciclovia é isolada do tráfego de veículos por barreiras new jersey para garantir a segurança dos ciclistas.