A tão esperada e prometida Ciclovia da Avenida Agamenon Magalhães, via que equivale ao pulmão da cidade - ou seja, quando ela para, tudo trava junto -, já tem data para ser concluída. Ao menos prevista.
Segundo a Prefeitura do Recife, todo o equipamento, que terá quatro quilômetros de extensão e ligará as Zonas Norte e Sul da capital, será concluído em junho. Atualmente, 30% das obras foram concluídas. O custo do projeto é de R$ 5.966.954,55.
A ciclovia conectará a Rua Dr. Leopoldo Lins, na Boa Vista, área central da cidade, à Ponte Paulo Guerra, no Pina, Zona Sul da capital, com o mérito de passar pelo Complexo Viário Joana Bezerra, composto pelo Viaduto Capitão Temudo e a Ponte José de Barros Lima (mais conhecida como Ponte João Paulo II).
Sob responsabilidade da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), a nova ciclovia está sendo construída simultaneamente nos dois lados do canteiro central da Agamenon Magalhães, onde terá uma operação unidirecional (sentido único).
Nos dois sentidos haverá o compartilhamento com o pedestre, indicado pela pigmentação do pavimento: vermelho para a ciclovia e cinza para o pedestre. Esse desenho predomina em toda a Agamenon Magalhães.
No trecho do Complexo Viário Joana Bezerra é que o equipamento será bidirecional (sentido duplo). Mas também terá o compartilhamento com os pedestres (haverá sinalização autorizando), embora pedestres e ciclistas tenham que dividir o mesmo espaço. Ou seja, não haverá divisão por cor.
PRAZOS PARA CONCLUSÃO DA CICLOVIA
A diretora de Manutenção da Emlurb, Gabriela Buarque, explica que a meta da prefeitura é finalizar a construção do equipamento na Agamenon Magalhães até o fim de maio. Mas, em paralelo, segue com os trabalhos no Complexo Joana Bezerra.
“A nossa meta é entrar no Viaduto Capitão Temudo ainda na primeira quinzena deste mês de março. Os trabalhos vão seguir em paralelo no viaduto/ponte e na Agamenon”, afirma.
“É claro que as chuvas podem alterar nosso cronograma, mas temos corrido e feito esforços para cumpri-lo. Por isso esse prazo para a Agamenon em maio. Assim, conseguiremos concluir toda a ciclovia, entre a Boa Vista e a Zona Sul, em junho”, prevê.
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O tempo de duração das obras da ciclovia era de aproximadamente seis a sete meses e, pelo primeiro cronograma do município, deveria ter ficado pronto ainda no fim de 2022.
Mas, como explicou a diretora, os trabalhos só começaram em outubro do ano passado devido a ajustes no projeto pela Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU).
CONHEÇA O PROJETO DA CICLOVIA DA AGAMENON MAGALHÃES
A Ciclovia Agamenon Magalhães começará na altura da Rua Leopoldo Lins (fim da Ciclovia Graça Araújo, na Avenida Mário Melo, em Santo Amaro). Será implantada no canteiro central da Agamenon e terá sentido unidirecional (único), de cada lado do canal, até as imediações do Hospital Português, no Paissandu.
CICLOVIA NO VIADUTO CAPITÃO TEMUDO
Além de fazer a conexão entre a área central e as Zonas Norte e Sul do Recife, a futura ciclovia terá o mérito de criar um espaço seguro para quem pedala num dos eixos viários mais áridos e perigosos não só da capital, mas de toda a Região Metropolitana: o Complexo Viário Joana Bezerra.
O equipamento terá 2,40 metros de largura em cada sentido da Agamenon Magalhães (sendo 1,5 metro de ciclovia e 0,90 centímetros para o pedestre), com guias de proteção entre as faixas de tráfego dos veículos e o espaço destinado às bicicletas. Nos cruzamentos, serão instalados gradis para a divisão da circulação com os pedestres.
A partir de lá, a ciclovia seguirá pela Ponte João Paulo II e pelo Viaduto Capitão Temudo de forma bidirecional (dois sentidos), na pista oeste da via (lado direito no sentido Olinda-Boa Viagem). No Complexo Viário Joana Bezerra, a ciclovia terá de 2,30 metros a 2,50 metros. Chegará até o Pina, pela Ponte Paulo Guerra, fazendo conexão com a ciclovia da Via Mangue.
Irá, precisamente, até a Rua Saturnino de Brito, na Cabanga (na cabeceira da Ponte Paulo Guerra, que entra no Pina). Nesse trecho de dois quilômetros, a ciclovia será isolada do tráfego de veículos por barreiras new jersey para garantir a segurança dos ciclistas.
COMPARTILHAMENTO COM PEDESTRES FOI AMPLIADO
Inicialmente, o equipamento seria compartilhado com os pedestres no trecho entre o início da Ponte João Paulo II e o início do Viaduto Capitão Temudo, no acesso à Ilha Joana Bezerra e ao Terminal Integrado Joana Bezerra. De lá até o Pina, entretanto, seria apenas ciclovia.
Mas a Prefeitura do Recife decidiu ampliar o compartilhamento.
REDUÇÃO DAS FAIXAS DE ROLAMENTO
Os técnicos da prefeitura adotaram a mesma estratégia de Fortaleza (CE) para evitar polêmica com uma possível redução de espaço para a circulação dos automóveis. No lugar de retirar faixas de rolamento para os veículos, reduzirão a largura das faixas de 3,30 metros para 3,15, o que permitirá alargar em um metro o canteiro central da Agamenon Magalhães, que já tem dois metros.
As obras são coordenadas pela Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul), através da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) e da Emlurb.
A Ciclovia Agamenon Magalhães teve custo estimado em R$ 6,7 milhões - recursos do próprio município. Desse total, R$ 5,9 milhões são para implantação da parte física da obra. A diferença de valor é o custo da sinalização do equipamento.
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