A Ciclovia Agamenon Magalhães, em construção desde outubro de 2022 em uma das avenidas mais importantes do sistema viário do Recife, não vai atrapalhar a drenagem da via. Ao contrário.

No pacote de obras está incluída a melhoria do sistema de escoamento da água do corredor viário, que funciona como uma espécie de pulmão da cidade - ou seja, quando ele para, tudo trava junto.

Pelo menos essa é a garantia da Prefeitura do Recife.

Segundo a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), a Agamenon Magalhães ganhará mais 40 pontos de captação de águas, que se somarão aos 90 existentes.

“A Avenida Agamenon Magalhães não está alagando mais por causa da ciclovia. Isso não procede. Ao contrário. Estamos fazendo a melhoria da drenagem do corredor, que passará a ter 130 pontos de captação de águas”, explica a diretora de Manutenção da Emlurb, Gabriela Buarque.

“Além disso, também estamos ampliando a capacidade de escoamento dos 90 pontos de captação existentes, implantando novos tubos sobre os existentes. Agora, o índice de chuvas que atingiu a cidade em fevereiro foi muito alto. Um volume de 90 milímetros em duas horas, muito acima da média do mês, e que coincidiu com a maré alta. Todos sabem que nessas condições o sistema não escoa”, reforça a diretora.

CICLOVIA JÁ TEM DATA PARA SER CONCLUÍDA

Segundo a Prefeitura do Recife, todo o equipamento, que terá quatro quilômetros de extensão e ligará as Zonas Norte e Sul da capital, será concluído em junho. Atualmente, 30% das obras foram concluídas. O custo do projeto é de R$ 5.966.954,55.

A ciclovia conectará a Rua Dr. Leopoldo Lins, na Boa Vista, área central da cidade, à Ponte Paulo Guerra, no Pina, Zona Sul da capital, com o mérito de passar pelo Complexo Viário Joana Bezerra, composto pelo Viaduto Capitão Temudo e a Ponte José de Barros Lima (mais conhecida como Ponte João Paulo II).

CICLOVIA: equipamento da AGAMENON MAGALHÃES já tem data para ser concluído. Confira quando

CICLOVIA AGAMENON MAGALHÃES: equipamento com 4 km começou a ser construído no Recife. Veja imagens

Sob responsabilidade da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), a nova ciclovia está sendo construída simultaneamente nos dois lados do canteiro central da Agamenon Magalhães, onde terá uma operação unidirecional (sentido único).

COMO SERÁ A CICLOVIA DA AGAMENON MAGALHÃES

Nos dois sentidos haverá o compartilhamento com o pedestre, indicado pela pigmentação do pavimento: vermelho para a ciclovia e cinza para o pedestre. Esse desenho predomina em toda a Agamenon Magalhães.

No trecho do Complexo Viário Joana Bezerra é que o equipamento será bidirecional (sentido duplo). Mas também terá o compartilhamento com os pedestres (haverá sinalização autorizando), embora pedestres e ciclistas tenham que dividir o mesmo espaço. Ou seja, não haverá divisão por cor.

MURO DE CONTENÇÃO NA AVENIDA AGAMENON MAGALHÃES

Muita gente que circula pela Avenida Agamenon Magalhães no trecho do Parque Amorim deve ter visto um “muro” que foi erguido pela Prefeitura do Recife ao redor do canteiro central da via, no pontilhão sobre o canal.

Tem sido comum, inclusive, as pessoas pensarem que a edificação faz parte do projeto de construção da Ciclovia Agamenon Magalhães. Mas não há relação. Trata-se de outra obra.

Quem explica é a diretora de Manutenção da Emlurb, Gabriela Buarque. “É um muro de contenção que nada tem a ver com a ciclovia. Faz parte do projeto de elevação do greide da via para acabar com os desníveis do asfalto existentes no cruzamento de quem sai do Parque Amorim para a Avenida Rosa e Silva”, explica.

“Estamos aumentando a cota do pavimento, colocando mais camadas de asfalto. E, por isso, precisamos de um muro de contenção para dar sustentação. Quando o pavimento chegar na cota ideal, essa altura não será mais visível, ficando apenas 40 cm, o que corresponde à mesma cota do limitador entre a faixa de rolamento. E a ciclovia passará pelo trecho normalmente”, acrescenta a diretora.

Greide é a inclinação vertical do eixo de uma via, que forma os aclives e declives ajustados por uma curva de concordância vertical. As curvas verticais servem para unir de modo confortável e seguro as rampas de aclive (subidas) com as rampas de declive (descida) e vice-versa.

Devido à obra de elevação do greide da via, a Emlurb interrompeu a construção da ciclovia no trecho e continuou no quarteirão seguinte, no cruzamento da Agamenon Magalhães com a Avenida Rui Barbosa. Atualmente, os trabalhos da ciclovia estão na altura do Derby.